Deus não faz poupança

"Aquele que não poupou a seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará, juntamente com ele, gratuitamente todas as coisas?” (Rm 8:32).

Desde os tempos mais remotos a raça humana tenta “agradar aos deuses”, para que tudo lhe vá bem; que sua colheita seja abundante, que seus inimigos sejam derrotados, que sua família prospere, que a vida seja longa e boa...

Infelizmente este sentimento religioso primitivo penetrou no subconsciente dos cristãos modernos. Muitos realmente acreditam que precisam fazer “correntes”, “sacrifícios”,

FILHO É FLECHA

"Como flechas na mão do guerreiro, assim são os filhos da mocidade" (Salmos 127:4).


A alegria dos pais é ver os filhos vencendo na vida! Por outro lado, não há tristeza maior que vê-los derrotados. Mas, como evitar isso? A Bíblia dá aos pais algumas dicas excelentes no Salmo 127.4, ao dizer que os filhos são como flechas na mão do guerreiro.

Esta comparação é muito rica em significado. Por exemplo:
a)    Quem já tentou arremessar uma flecha sabe que não é nada fácil atingir o alvo. O mesmo se dá com nossos filhos: não é nada fácil fazê-los atingir o alvo da vida.

b)    A lógica da flecha é ir mais longe que o arqueiro. Isto também é verdade em relação aos nossos filhos: queremos que eles vão mais longe que nós (pais que não tiveram a oportunidade de estudar fazem questão que seus filhos cursem uma faculdade; casais que pagaram aluguel a vida inteira lutam para que seus filhos tenham casa própria; e assim por diante).
   
Mas, para que a flecha acerte o alvo, algumas condições precisam ser satisfeitas:
 As flechas têm que estar na mão do guerreiro

Esta é uma das verdades mais impressionantes deste verso bíblico: O sucesso dos nossos filhos está em nossas mãos. Depende muito mais de nós do que deles.

Às vezes, alguns casais dizem que criaram os seus filhos todos da mesma maneira, mas, inexplicavelmente, uns saíram-se melhor que os outros. Não é verdade! Primeiro, ninguém consegue criar dois filhos da mesma maneira, pois, cada filho é diferente. Segundo, tentar criá-los da mesma maneira é um erro, pois, assim como um guerreiro percebe as diferenças entre uma flecha e outra (e leva isto em consideração na hora de lançá-las), precisamos “decifrar” os nossos filhos e tratar cada um deles de forma diferenciada, personalizada. Isto não é discriminação (no sentido pejorativo da palavra), mas amor – que leva em conta a individualidade.

Eles estão em nossas mãos e em nossas mãos devem de fato estar. Não os abandonemos à própria sorte. Façamos a oração de Neemias: “Ó Deus, fortalece as minhas mãos”.

NAAMÃ

“E Naamã, chefe do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu senhor, e de muito respeito; porque por ele o SENHOR dera livramento aos sírios; e era varão homem valente, porém leproso” (2 Reis 5:1).  


Naamã era um homem bem sucedido (era o chefe do exército do rei da Síria).  Era um homem que tinha seu talento reconhecido pelo próprio rei. Era amado por seus soldados. Gozava de muito conceito e respeito por todos do seu país. Naamã era um homem abençoado por Deus (por meio dele, Deus dera livramento aos sírios). Naamã tinha uma esposa que o amava e se preocupava com ele.
Era valente.
Naamã era feliz? Não! Naamã era um homem quase feliz.
Ele até que poderia ser muito feliz, mas havia um “porém”: Naamã era leproso.

Naquela época a lepra não tinha cura; privava o doente do convívio social e levava-o a uma morte diária, lenta, sofrida e solitária.

É exatamente assim que muitas pessoas se sentem.  Apesar de terem alcançado o sucesso profissional e familiar, apesar de gozarem do respeito de todos que o rodeiam, apesar de se sentirem pessoas abençoadas por Deus, apesar de serem valentes e lutadores, não são inteiramente felizes. Há sempre um “porém” que consume suas energias, privando-os da felicidade plena, levando-os a experimentar uma mortificação diária, lenta, sofrida e solitária.

No entanto, Naamã encontrou a cura do seu mal e a felicidade plena.  

Um homem quase feliz encontra a felicidade!

E nós, também podemos encontrar a nossa, se mantivermos as mesmas posturas que ele manteve:

Naamã deu ouvidos ao testemunho de uma pessoa simples.

Os sírios, numa das suas investidas, haviam levado presa, da terra de Israel, uma menina que ficou ao serviço da mulher de Naamã. Disse ela à sua senhora: Tomara que o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria de sua lepra (2 Reis 5:3,4). Então Naamã foi notificar a seu senhor sobre a menina. Respondeu o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel”.

Naamã deu ouvidos às palavras de uma menina-escrava. Tanto acreditou que levou o assunto ao seu rei, que o autorizou a viajar para Israel e, ainda, se dispôs a escrever uma carta de recomendação ao rei de Israel.

Esta menina era muito simples; provavelmente, analfabeta. Mas, Naamã acreditou em suas palavras, ela aprendera de seus pais que não há nada impossível para Deus. Naamã ficou sabendo de um poder sobre-humano, porque um pai e uma mãe fiéis em Israel haviam levado os filhos a amar o Senhor e nele confiar.