Naamã era um homem bem sucedido (era o chefe do exército do rei da Síria). Era um homem que tinha seu talento reconhecido pelo próprio rei. Era amado por seus soldados. Gozava de muito conceito e respeito por todos do seu país. Naamã era um homem abençoado por Deus (por meio dele, Deus dera livramento aos sírios). Naamã tinha uma esposa que o amava e se preocupava com ele.
Naamã era feliz? Não! Naamã era um homem quase feliz.
Ele até que poderia ser muito feliz, mas havia um “porém”: Naamã era leproso.
Naquela época a lepra não tinha cura; privava o doente do convívio social e levava-o a uma morte diária, lenta, sofrida e solitária.
É exatamente assim que muitas pessoas se sentem. Apesar de terem alcançado o sucesso profissional e familiar, apesar de gozarem do respeito de todos que o rodeiam, apesar de se sentirem pessoas abençoadas por Deus, apesar de serem valentes e lutadores, não são inteiramente felizes. Há sempre um “porém” que consume suas energias, privando-os da felicidade plena, levando-os a experimentar uma mortificação diária, lenta, sofrida e solitária.
No entanto, Naamã encontrou a cura do seu mal e a felicidade plena.
Um homem quase feliz encontra a felicidade!
E nós, também podemos encontrar a nossa, se mantivermos as mesmas posturas que
ele manteve:
Naamã deu ouvidos ao testemunho de uma pessoa simples.
Os sírios, numa das suas investidas, haviam levado
presa, da terra de Israel, uma menina que ficou ao serviço da mulher de Naamã.
Disse ela à sua senhora: Tomara que o
meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria
de sua lepra (2 Reis 5:3,4). Então Naamã foi notificar a seu senhor
sobre a menina. Respondeu o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel”.
Naamã deu ouvidos às palavras de uma menina-escrava. Tanto acreditou que
levou o assunto ao seu rei, que o autorizou a viajar para Israel e, ainda, se
dispôs a escrever uma carta de recomendação ao rei de Israel.
Esta menina era muito simples; provavelmente, analfabeta. Mas, Naamã
acreditou em suas palavras, ela aprendera de seus pais que não há nada
impossível para Deus. Naamã ficou sabendo de um poder sobre-humano, porque um
pai e uma mãe fiéis em Israel haviam levado os filhos a amar o Senhor e nele
confiar.
E nós, quantas vezes temos desprezado o testemunho vivo de alguém tão somente
porque se trata de uma pessoa simples? Será que poderíamos contar quantas vezes
o patrão ou a patroa desprezou o testemunho de seus empregados cristãos? Será
que teríamos condições de contabilizar quantas vezes o rico não deu ouvidos aos
crentes pobres? Ou, quantas vezes o “doutor” desqualificou a palavra de fé das
pessoas simples?
O que a Bíblia diz
acerca deste assunto.
“Deus escolheu as coisas loucas do mundo para confundir os sábios; e Deus
escolheu as coisas fracas do mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as
coisas ignóbeis do mundo, e as desprezadas, e as que não são, para reduzir a
nada as que são; para que nenhum mortal se glorie na presença de Deus” (1
Coríntios 1:27-29).
Naamã foi
buscar ajuda.
“Então disse o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de
Israel. E foi, e tomou na sua mão dez talentos de prata, seis mil siclos de
ouro e dez mudas de roupas” (2 Reis 5:5).
Um talento de prata era equivalente a cerca de trinta quilos. Não havia
seis mil peças individuais de ouro, mas ouro em peso correspondente a seis mil
siclos, ou dois talentos de ouro. Naamã, portanto, levou consigo uma fortuna.
Mal sabia ele que o Senhor estaria disposto a curá-lo e, em troca, não desejava
ouro nem prata.
Quando estamos enfrentando um problema sério na vida, especialmente
doenças graves, incuráveis, ficamos como que anestesiados, tão grande é a
desgraça que se abateu sobre nós e nossa família.
O testemunho da jovem não só havia criado
confiança no comandante dos exércitos da Síria, mas também despertou fé no
coração do rei da Síria. Fé produz fé, e amor, amor. A troca de cartas era um
procedimento comum naqueles dias.
Naamã não se deixou abater com o diagnóstico dos médicos. Ele acreditou e
tomou uma decisão, uma atitude de fé: Foi, pois... buscar ajuda em Deus.
Muitas vezes até acreditamos no testemunho de fé das pessoas mais
simples, mas ficamos paralisados diante da desgraça e não tomamos a decisão de
nos levantarmos para buscar a face de Deus.
O que a Bíblia diz
acerca deste assunto.
“Buscai ao Senhor
enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto” (Isaías 55:6).
“Cheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno” (Hebreus 4:16).
“Cheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno” (Hebreus 4:16).
Naamã se
humilhou perante deus.
“Veio, pois, Naamã com os seus cavalos, e com
o seu carro, e parou à porta da casa de Eliseu. Então Eliseu lhe mandou um
mensageiro, dizendo: Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será
curada e ficarás purificado. Porém, Naamã muito se indignou, e se foi, dizendo:
Eis que eu dizia comigo: Certamente ele sairá, pôr-se-á em pé, invocará o nome
do SENHOR seu Deus, e passará a sua mão sobre o lugar, e restaurará o leproso.
Não são porventura Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as
águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles, e ficar purificado? E
voltou-se, e se foi com indignação. Então chegaram-se a ele os seus servos, e
lhe falaram, e disseram: Meu pai, se o profeta te dissesse alguma grande coisa,
porventura não a farias? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te, e ficarás
purificado. Então desceu, e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra
do homem de Deus; e a sua carne tornou-se como a carne de um menino, e ficou
purificado” (2 Reis 5:9-14).
Naamã trouxe seu ouro e sua prata: símbolos da sua riqueza pessoal.
Trouxe também dez mudas de roupas finíssimas: símbolos do seu bom gosto.
Trouxe uma carta de recomendação do rei da Síria: símbolo do seu prestígio.
Porém, trouxe também a altivez, o orgulho dentro do seu coração.
O texto bíblico declara que Naamã esperava que o profeta de Deus viesse
recebê-lo à porta – quem sabe – com um tapete vermelho, impressionado com sua
riqueza, bom gosto e prestígio e faria um ritual elaborado diante dele, pelo
qual estaria disposto a pagar muito bem (se resolvesse o seu problema, é
claro).
Mas, Deus é sábio e resolveu quebrar o orgulho de Naamã por meio do
profeta, que, além de nem sair pra fora para ver “o importante general
sírio”, enviou um moleque de recado para lhe ordenar que se banhasse sete
vezes no barrento Rio Jordão.
Naamã se revoltou. Revelou o orgulho que havia em seu coração e negou-se
a cumprir a ordem do profeta. Não fossem seus soldados a convencê-lo a
obedecer, Naamã teria voltado para a Síria exatamente do mesmo jeito que de lá
viera. Mas seus soldados o amavam (até chamavam-no de “pai”) e insistiram com
ele, e ele cedeu.
Mesmo contrafeito, tomou o banho da humilhação sete vezes (o número sete
é o número-símbolo daquilo que é perfeito ou completo – isto significa que
Naamã foi completamente humilhado diante dos seus soldados). Quando Deus viu
que Naamã se humilhou, restaurou a sua saúde!
Quantas vezes nos
aproximamos de Deus tentando impressioná-lo com nossa “riqueza pessoal”, com
nossas palavras bem elaboradas e com nosso prestígio? Mas Deus não se
impressiona com nada destas coisas que nós consideramos importantes, antes,
decide humilhar-nos, para que entendamos que qualquer ação Dele em nossa vida é
graça, e não mérito humano.
Quantas pessoas já voltaram para casa sem a
benção divina porque não quiseram se humilhar diante de Deus? Talvez tenha se
negado a ir à frente para receber a oração ou para admitir publicamente a sua
miséria e infelicidade; ou, então, revoltaram-se contra alguma orientação de um
homem de Deus.
O que a Bíblia diz
acerca deste assunto.
“Qualquer, pois, que
a si mesmo se exaltar, será humilhado; e qualquer que a si mesmo se humilhar,
será exaltado” (Mateus 23:12).
“Deus resiste aos soberbos; porém, dá graça aos humildes” (Tiago 4:6).
Naamã
converteu-se num verdadeiro adorador.
“Então voltou ao homem de Deus, ele e toda a
sua comitiva, e chegando, pôs-se diante dele, e disse: Eis que agora sei que em
toda a terra não há Deus senão em Israel; agora, pois, peço-te que aceites uma
bênção do teu servo. Porém ele disse: Vive o SENHOR, em cuja presença estou,
que não a aceitarei. E instou com ele para que a aceitasse, mas ele recusou. E
disse Naamã: Se não queres, dê-se a este teu servo uma carga de terra que baste
para carregar duas mulas; porque nunca mais oferecerá este teu servo holocausto
nem sacrifício a outros deuses, senão ao SENHOR” (2 Reis 5:15-17).
Deus impôs a humilhação a Naamã com um propósito: revelar-se a ele. A cura divina restaurou não apenas o físico de
Naamã, mas também sua alma. Seu corpo foi curado, sim, mas sua visão acerca das
coisas espirituais foi totalmente aberta; agora ele sabe que só há um Deus
verdadeiro em todo o mundo, o Deus de Israel.
A quantos falsos deuses será que Naamã já havia implorado cura? Somente o
Deus verdadeiro supriu sua maior necessidade! Todo o ouro, prata e presentes que ele trouxe
quer agora dar ao profeta, não para comprá-lo ou impressioná-lo, mas como uma
legítima expressão de gratidão por aquilo que Deus fez em sua vida através
daquele homem. O profeta de Deus não
aceita, pois os verdadeiros homens de Deus não se prevalecem destes momentos
para arrancar dinheiro ou presentes das pessoas.
Naamã pede, então, para carregar duas mulas com terra. Sim, terra! Quatro
sacos de terra. Por que? Para colocar num cantinho de sua casa e ali, sobre
aquela pequena porção da terra de Israel, adorar ao Deus verdadeiro. É meio
esquisito, é claro, mas foi sua forma simples de expressar que a partir daquele
momento ele seria um verdadeiro adorador do Deus de Israel e que nunca mais
iria adorar ou oferecer sacrifícios a outros deuses.
Quando Deus abençoa alguém, sua benção sempre quer ir além daquilo que a
pessoa pediu. Junto com a graça solicitada, Deus quer salvar a alma daquela
pessoa, por meio da fé em seu único filho, Jesus Cristo.
Infelizmente, muitos que um dia foram curados e abençoados por Deus irão
para o inferno, pois rejeitaram um compromisso mais sério com Ele. Querem tão somente
se livrar do sofrimento e voltar o quanto antes ao seu velho estilo de vida.
Querem a benção, mas rejeitam o Abençoador.
Foi assim com os dez leprosos que Jesus curou de uma só vez: somente um voltou
para agradecer.
Naamã
reavaliou seus conceitos.
“Nisto perdoe o SENHOR a teu servo; quando meu senhor entrar na casa de
Rimom para ali adorar, e ele se encostar na minha mão, e eu também tenha de me
encurvar na casa de Rimom; quando assim me encurvar na casa de Rimom, nisto
perdoe o SENHOR a teu servo. E ele lhe disse: Vai em paz. E foi dele a uma
pequena distância (2 Reis 5:18,19).
Tão logo Naamã declarou que nunca mais iria adorar ou oferecer
sacrifícios a outros deuses, senão ao Deus verdadeiro, se lembrou que o seu
senhor, o rei da Síria, quando entrava no templo do deus Rimom (um deus sírio),
gostava de se apoiar na sua mão e ele, Naamã, por respeito ao seu senhor e no
cumprimento de seus deveres, também tinha que se encurvar diante da estátua
daquele falso deus.
Agora ele sabe que isto é errado e pede perdão a Deus. Foi seu primeiro conflito espiritual; sua primeira reavaliação de seus atos e estilo de vida.
Esta é a marca mais legítima daqueles que de fato tiveram uma experiência
real e transformadora com Deus: uma total e completa reavaliação de todas as
suas atitudes, de toda a sua filosofia de vida e de todas as suas crenças e
posturas.
O que a Bíblia diz acerca deste assunto.
“Pelo que, se alguém
está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se
fez novo” (2 Coríntios 17:17).
“Exterminai, pois, as vossas inclinações carnais; a prostituição, a impureza, a
paixão, a vil concupiscências, e a avareza, que é idolatria; pelas quais coisas
vêm a ira de Deus sobre os filhos da desobediência; nas quais também em outro
tempo andastes, quando vivíes nelas; mas agora despojai-vos também de tudo
isto: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da
vossa boca; não mintais uns aos outros, pois já vos despistes do homem velho
com seus feitos e vos vestistes do novo, que se renova para o pleno
conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou” (Colossenses 3:5-10).
Conclusão
Naamã voltou para casa curado, mas também transformado.
Como foi que isto aconteceu? Como um homem quase feliz encontrou a felicidade?
a) Ele deu ouvidos ao testemunho de uma pessoa simples;
b) Ele foi buscar ajuda em Deus;
c) Ele se humilhou diante de Deus;
d) Ele se converteu num verdadeiro adorador;
e) Ele reavaliou os seus conceitos.
Façamos o mesmo!
Um homem quase feliz encontra a felicidade!
Naamã voltou para casa curado, mas também transformado.
Como foi que isto aconteceu? Como um homem quase feliz encontrou a felicidade?
a) Ele deu ouvidos ao testemunho de uma pessoa simples;
b) Ele foi buscar ajuda em Deus;
c) Ele se humilhou diante de Deus;
d) Ele se converteu num verdadeiro adorador;
e) Ele reavaliou os seus conceitos.
Façamos o mesmo!
Um homem quase feliz encontra a felicidade!
Fonte: Baseado no
artigo do Pastor Clovis Correia.
DEUS TE ABENÇOE IRMÃO, MUITO BOM SERMÃO E ESTUDO BÍBLICO....
ResponderExcluir25 Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome;
26 e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva.
27 E muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro.
28 E todos, na sinagoga, ouvindo essas coisas, se encheram de ira.