Os
sete pecados capitais denominam-se dessa forma por originarem outros pecados. Os
pecados capitais possuem base bíblica e fazem parte do ensino moral cristão.
São regras de libertação e não de aprisionamento do ser humano. Afinal, qual
homem pode-se dizer livre quando na verdade é prisioneiro de suas próprias
inclinações? E foi justamente para sermos homens e mulheres livres que Jesus
foi sacrificado.
Origem
No
século IV, são Gregório Magno e são João Cassiano definiram-nos como sete:
orgulho, avareza, inveja, ira, luxúria, gula e preguiça. Até hoje na Igreja
existe um consenso doutrinal sobre essa classificação.
No
cotidiano, o católico pode lembrar desses pecados no exame de consciência que
faz ao preparar-se para o sacramento da confissão. Eles servem de fonte de
identificação para o defeito dominante que determina os outros, chamado de
pecado hegemônico.
Os
pecados capitais vão além do nível individual. Iniciando no coração da pessoa,
eles concentram-se em determinados ambientes, instalando-se em determinadas instituições.
A corrupção nas esferas do poder público pode ser identificada com a avareza,
que aniquila o interesse generoso e correto para o desenvolvimento e os
cidadãos da nação, em prol de benefícios financeiros próprios. Na realidade
urbana, o aumento da violência relaciona-se à ira e à gula, esta representada
pelo uso de drogas.
São Pedro alerta aos primeiros cristãos: “vigiai e sede sóbrios”, fortalecendo o espírito a fim de evitar que os pecados capitais tomem conta da vida das pessoas. Estudar e entender os pecados capitais é um grande proveito para o progresso espiritual e santidade. Isso acontece quando a pessoa volta-se para práticas penitencias que levam às virtudes dos cristãos.
Sem
humildade ninguém incorpora nenhuma virtude. Qualquer virtude sem humildade
cai, pois fica no ar sem ter em que se prender, assim ela não cresce, tão pouco
se desenvolve.
Na
vida dos santos encontram-se inúmeras atitudes de humildade. São Francisco de
Assis, por exemplo, possuía um desprendimento tão grande que chamava a pobreza
de irmã. Caso encontrasse pelo caminho alguém com uma veste em piores condições
que a roupa que usava, não hesitava um segundo em trocá-la com seu próximo mais
carente.
O que são e quais são os
pecados capitais?
Os
pecados capitais são pecados "cabeças", princípios, pontos de partida
de outros pecados. São sete: soberba, avareza, luxúria, ira, gula, inveja e
preguiça. Os demais pecados por nós cometidos são sempre uma variação de um dos
pecados capitais, ou ainda, uma combinação dos pecados capitais.
Que passagens bíblicas
esclarecem a cada um dos pecados capitais?
1. Soberba:
relativo ao nosso orgulho, onde nos achamos melhor que todo mundo, não
respeitando o próximo e passando por cima de tudo e de todos. Você se torna o
seu próprio Deus, pois a glória de tudo o que você faz sempre vai para você
mesmo. O seu umbigo passa a ser o centro do universo. (Eclesiastes 10.15;
Romanos 3.27; Gálatas 6.4; Mateus 18.3)
2. Avareza:
relativo ao apego e ao amor ao dinheiro. O dinheiro passa a ser tudo para você
e você acredita que com o dinheiro pode fazer tudo e comprar tudo, inclusive as
pessoas. As pessoas passam a valer menos que seu dinheiro. Seu deus se torna o
dinheiro. (Mateus 6.24; 1 Timóteo 6.10; Marcos 10.21,22; João 12.5,6)
3. Luxúria:
relativo ao apego aos prazeres sexuais. Sua vida passa a girar em torno do
sexo. Se você vê um homem/mulher já pensa em sexo. Como exemplo da luxúria
podemos citar: o adultério (traição) e a fornicação (sexo no namoro ou sexo
fora do casamento), cobiçar a mulher/homem do próximo, a masturbação, o
homossexualismo e lesbianismo, a zoofilia (sexo com animais). (2 Pedro 2.13;
Levítico 18.20-22; Êxodo 20.17; Mateus 5.27; 1 Coríntios 6.15; Gênesis 38.9,10)
4. Ira:
quando brigamos a qualquer momento e com qualquer pessoa mesmo sem ter motivo.
Quando guardamos mágoa ou rancor por alguém e não perdoamos as 70x7 que Jesus
nos manda. (Mateus 5.22; 21.12; 23.27)
5. Gula:
quando comemos até não aguentar mais, chegando até mesmo a passar mal. Quando
já saciamos nossa fome, mas comemos o bife do outro deixando-o sem comida.
(Filipenses 3.19; Isaías 5.11)
6. Inveja:
quando queremos ter algo igual só porque nosso próximo tem, trata-se do famoso
olho gordo. Relativo à cobiça e a todo tipo de inveja, inveja da mulher, inveja
das amizades, inveja do emprego, inveja dos bens materiais, etc. (Gênesis 4.1-16;37.4;
Mateus 10.42,43; 20.1-16; 1 Samuel 18.6-16)
7. Preguiça:
quando temos todo tempo do mundo a nossa disposição e mesmo assim deixamos de
fazer as boas coisas em função de Deus e do próximo. (Eclesiastes 33.28,29;
Provérbios 24.30,31; Ezequiel 16.49; Mateus 20.6)
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