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Quando o médico lhe deu
a notícia de que seu pequeno filho estava condenado à morte, a primeira reação
de Alberto (fatos e nomes fictícios) foi de revolta. Mas revoltar-se contra
quem? Contra a ciência, que não podia fazer nada para curar a leucemia que
estava acabando com a curta existência de seu único filho? Contra ele mesmo e a
esposa que não perceberam os primeiros sintomas da doença fatal? Ou contra
Deus? Não, contra Deus não poderia. Ele não acreditava na existência de um ser
supremo. O seu coração e a sua mente estavam cheios de ideias existencialistas
e sentimentos de superioridade diante da esposa que “era capaz de acreditar
numa idéia tão superada como Deus.”
Alguma vez você se
sentiu insignificante e impotente diante de circunstâncias adversas? O que faz
quando todos os recursos humanos falham? Aonde ir quando a ciência, a
tecnologia e até o racionalismo humanista gritam: Impossível!
Se você viveu um
momento assim, talvez consiga entender como Alberto se sentia. Os dias se
passaram. Lentos, agonizantes, implacáveis e cruéis. O tempo, que na maioria
das vezes simboliza esperança, era para Alberto o processo doloroso de ver seu
querido filho se apagando como uma vela cuja cera está no fim. A fé e a confiança
que a esposa depositava em Deus em meio à dor, eram ofensivas para o marido
incrédulo.
Um dia cinzento do mês
de outubro, ele viu os olhinhos tristes do filho amado, como dizendo adeus.
Alberto não aguentou mais e caiu ajoelhado perto da cama e, pela primeira vez,
clamou pela misericórdia de um Deus em cuja existência nunca acreditara. E o
milagre aconteceu! Médico nenhum foi capaz de explicar a recuperação rápida do
garoto, nem a cura posterior. Hoje, Alberto louva o nome de Deus ao lado da
esposa e do filho.
As coisas com Deus são
assim. Sua existência e poder não dependem de eu crer ou não. Ele está acima
dos preconceitos, dúvidas ou incredulidade da criatura. Ele é Deus. Se as
pessoas creem, muito bom. Se não, um dia “reconhecerão que só Tu, cujo nome é
Senhor, és o Altíssimo sobre toda a Terra”.
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