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“Eu só quero justiça”, reclamava o homem acusado. “Não existem provas contra mim, exijo justiça.”
Provas, não havia. Quase nunca há. Especialmente quando se pode pagar um bom advogado. Por isso, culpados são declarados inocentes em muitos julgamentos e saem livres da condenação humana – não da divina.
O salmista expressa
hoje que é o Senhor quem julga. Diante dele não há argumento que valha, não
existe o gozo do direito, nem a
liminar da última hora. Ele tudo vê, sabe tudo. Não julga evidências, não
precisa de provas. Ele conhece as intenções mais ocultas, julga o coração e
seus motivos ocultos.
O extraordinário nesse
verso não é o fato de que é Deus é o Juiz, mas que Ele “Se
compadece” de nós. Ah, se fôssemos apenas julgados... o destino eterno
seria a morte. Estaríamos todos condenados. Porquanto “todos pecaram” e porque “não
há um justo” sequer. Mas a compaixão de Jesus tornou possível a
salvação. A compaixão foi sua misericórdia levada às últimas consequências.
Entregou sua própria vida para ocupar o lugar do homem e sofrer a morte que a
criatura rebelde merecia. Jamais teremos palavras para agradecer semelhante
oferenda de amor.
O Salmo 135 é um
mosaico. O salmista recolheu expressões citadas em outros salmos e outras
fontes bíblicas. MacLaren, um erudito, disse que “este salmo é como flores
arrumadas num novo buquê, porque o poeta se deleitou muito com a fragrância
delas”. Repetir a história de amor escrita com sangue nunca será suficiente.
Este salmo é o resumo
do evangelho. Estamos todos perdidos. Deus nos julga, mas antes Ele providencia
a solução: Jesus morre por nós. Agora é
só aceitar e reconhecer que nada somos, nada temos e que Jesus é a única
esperança.
O pecado não precisa
ser explicado. Apenas ser reconhecido, confessado e perdoado. Essa é a receita
para uma consciência em paz e para uma noite de sono tranquilo.