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Semear é um ato de entrega e de fé. Você entrega a semente. Coloca-a no seio da terra, na esperança de que um dia colherá os frutos. No início, não vê nada. Se abrir a terra, observará o grão quase morto, aparentemente apodrecido. Como imaginar que dali pode brotar a vida?
Semear é um ato de entrega porque você renuncia a uma semente boa, seleciona o melhor grão, desprende-se dele, não o guarda para si, investe. Semear é um ato que envolve dor e lágrimas, trabalho e ação. É preciso andar – afirma o salmista – e chorar.
A alegria e o júbilo
vêm depois com os frutos. É possível até que você nunca os veja, mas alguém os
desfrutará.
Não tenha medo de
semear. Não se poupe. Gaste-se. Consuma-se. Cumpra sua missão. É possível que
ninguém o compreenda. Quem sabe o seu retorno imediato seja apenas canseira,
suor e lágrimas. Mas continue semeando.
Olhe para o coração de
seus amados e plante esperança e confiança em Deus. Ensine valores e princípios
de vida, embora às vezes tenha a impressão de estar nadando contra a corrente.
Haverá ventos
contrários. Surgirão tormentas. Você achará terreno duro, espinhoso e
pedregoso. Muitas vezes, sentirá que está semeando em vão. Mas continue, porque
semear dá sentido à vida, e uma vida sem sentido é uma vida sem alegria.
Lembre-se: “Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo,
trazendo os seus feixes.”