Na
sequência histórica, ele abrange o período da história de Israel entre Josué e
Samuel. A era dos juízes foi um período no qual os israelitas, como povo da
aliança de Deus, estavam frequentemente precisando dos livramentos divinos. Através
de Moisés, os israelitas haviam experimentado a libertação da escravidão
egípcia e recebido a revelação divina como está registrado no Pentateuco. Sob a
liderança de Josué, a geração seguinte conquistou e ocupou parcialmente a terra
de Canaã. Quando as gerações seguintes sucumbiram à apostasia, elas rogaram a
Deus por livramento. Mais uma vez os atos poderosos de Deus foram manifestados
quando vários juízes responderam ao chamado de Deus para guiar os israelitas em
façanhas militares a fim de dispersar as nações opressoras. Estes ciclos
religiosos-políticos de pecado, dor, súplica e salvação, ocorreram
repetidamente, e podem ter sido geograficamente limitados. Também podem ter
sido cronologicamente sobrepostos.
Declínio/Compromisso
Sempre
que um juiz falecia, os israelitas enfrentavam o declínio e o fracasso, porque
comprometiam seu maior alvo espiritual de várias formas. Abandonaram seu propósito de expulsar todos os povos da terra e adotaram os costumes dos que os cercavam.
Como ler a Bíblia
História da Bíblia
O Livro de Gênesis
O Livro do Êxodo
O Livro de Levítico
O Livro de Números
O Livro de Deuteronômio
O Livro de Josué
Traduções da Bíblia
comprometiam seu maior alvo espiritual de várias formas. Abandonaram seu propósito de expulsar todos os povos da terra e adotaram os costumes dos que os cercavam.
Declínio/Apostasia
A
queda moral de Israel tem suas raízes na feroz independência desfrutada por
cada tribo. Isto levava todas as pessoas a fazer qualquer coisa aparentemente
boa a seus próprios olhos. Não havia unidade na forma de governo ou adoração. A
lei e a ordem sucumbiram. Finalmente, a adoração aos ídolos feitos pelas mãos
dos homens levaram ao completo abandono da fé em Deus.
Derrota/Opressão
Deus
usou os ímpios opressores para punir os israelitas pelos seus pecados, a fim de
levar-lhes ao arrependimento e testar sua fidelidade a Ele.
A
rebelião contra Deus leva ao desastre. O Senhor pode usar a derrota para trazer
os corações perdidos de volta a Ele.
Arrependimento
Declínio,
queda e derrota fazem com que as pessoas se voltem para Deus. Elas prometem
abandonar a idolatria e buscarem a misericórdia e a libertação do Senhor.
PROPÓSITO
O
propósito do livro ao apresentar esta história é definitivamente didático –
ensinar a retribuição divina sobre um povo pecador, a misericórdia de Deus
sobre o arrependimento, e a futilidade de governos idólatras que são centrados
no homem.
O
ministério de Eli e Samuel, registrado nos primeiros capítulos de 1 Samuel,
conclui esta era dos juízes. A religião havia alcançado um profundo declínio e
Israel era ameaçado pelos filisteus apesar das proezas de Sansão. Apesar da
liderança de Samuel, que serviu como juiz da lei, surgiu um reavivamento de
forma que Israel estava suficientemente unificado para resistir aos agressivos
ataques e à ocupação dos filisteus.
PANORAMA
A
terra de Canaã, posteriormente chamada Israel. Deus ajudara os hebreus a
conquistar Canaã, que fora habitada por vários povos ímpios. Mas os israelitas
estavam diante do grande perigo de perder esta Terra Prometida, porque
comprometeram suas convicções e desobedeceram a Deus.
AUTOR
Possivelmente
Samuel.
PESSOAS-CHAVE
Otniel,
Eude, Débora, Gideão, Abimeleque, Jefté, Sansão e Dalila.
LUGARES-CHAVE
Boquim
Um
lugar perto de Gilgal, onde o povo de Israel, ao ser repreendido pelo anjo, se
arrependeu, chorou e sacrificou ao Senhor.
Jericó
Antiga
cidade situada vários quilômetros a oeste do rio Jordão e a norte do mar Morto.
A nação moabita foi uma das primeiras a oprimir os israelitas. O rei de Moabe,
Eglom, conquistou grande parte de Israel, inclusive a cidade de Jericó, e
forçou as pessoas a pagar impostos exorbitantes.
Hazor
Cidade
que ficava no Norte de Canaã, governada no tempo de Josué por Jabim. Duzentos
anos depois, outro Jabim, também de Hazor, foi derrotado por Débora e Baraque.
Siquém
Cidade,
hoje chamada de Nabulus, situada na Samaria, entre os montes Gerizim e Ebal, 64
km ao norte de Jerusalém (Gênesis 12.6; 33.18-20; Josué 24.32; Juízes 9; 1 Reis
12.25).
Timna
Cidade
situada na fronteira de Judá, perto de Bete-Semes. Esta cidade foi designada à
tribo de Dã como sua residência, mas evidentemente que não conseguiram
conquistá-la. Na época de Sansão, ela era ocupada pelos filisteus. Timna foi
incorporada a Judá depois das vitórias de Davi.
Soreque
Um
vale agrícola fértil a oeste de Jerusalém. Foi nesse vale que Sansão encontrou
duas das filhas dos filisteus que ele amou, uma em Timna e Dalila.
Gaza
Importante
cidade portuária na costa sul da Palestina. Durante o final da Idade do Bronze,
essa cidade era o principal centro administrativo do Egito em sua província de
Canaã, da qual representava o extremo sul. Judá deveria ter herdado essa
cidade, mas não conseguiu conquistá-la; daí ela se tornou um importante centro
dos filisteus.
Efraim
Território
conferido a esta tribo na terra prometida. Os limites não foram determinados
com precisão.
Dã
Cidade
localizada próximo às nascentes do Rio Jordão, geralmente identificada com Tell
El-Qadi porque o nome árabe significa “túmulo do juiz”. Era o ponto mais
distante ao norte de Israel. A cidade havia ficado conhecida por sua associação
política e cultural com Sidom. Depois de conquistada pelos danitas, Jônatas,
filho de Gerson, e seus descendentes serviram como sacerdotes até o dia do
cativeiro da terra.
Gibeá
Cidade
no território da tribo israelita de Benjamim, também chamada "Gibeá de
Benjamim", "Gibeá dos filhos de Benjamim" e "Gibeá de
Saul". Ficava perto da estrada principal entre Jerusalém e Ramá. Servia
bem como ponto de observação em tempos de guerra, por estar nua posição elevada
na cordilheira central da Palestina.
VERSÍCULO-CHAVE
"Naqueles dias
não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos."
(Juízes 17:6)
ESBOÇO
A. A FALHA MILITAR DE
ISRAEL (1.1-3.6)
- A
conquista incompleta da terra
- Desobediência e derrota
As
tribos assumiram um compromisso com Deus para acabarem com os habitantes da
terra. A incompleta remoção do mal costuma significar um desastre no final.
Precisamos estar atentos para não nos comprometermos com o pecado.
B. O RESGATE DE
ISRAEL PELOS JUÍZES (3.7-16.31)
- Primeiro
período: Otniel
- Segundo
período: Eude e Sangar
- Terceiro
período: Débora e Baruque
- Quarto
período: Gideão, Tola e Jair
- Quinto
período: Jefté, Ibsã, Elom e Abdom
- Sexto período: Sansão
Repetidamente
vemos a nação de Israel pecar contra Deus, e isto permite que o sofrimento
venha sobre a terra e às pessoas. A transgressão sempre tem suas consequências.
Onde há o pecado podemos esperar o castigo. Em vez de vivermos em um
interminável ciclo de abandono a Deus, e então clamarmos a Ele por
misericórdia, devemos ter uma vida de fidelidade.
C. O FRACASSO MORAL
DE ISRAEL (17.1-21.25)
- A
idolatria na tribo de Dã
- Guerra contra a tribo de Benjamim
A
despeito dos esforços dos juízes de Israel, as pessoas não se voltaram para
Deus de todo o coração. Todos faziam o que achavam ser o melhor para si. O
resultado foi o declínio espiritual, moral e político da nação. Nossa vida
também declinará a menos que vivamos segundo as instruções que Deus tem nos
dado.
Assuntos
Relacionados:
A origem da BíbliaComo ler a Bíblia
História da Bíblia
O Livro de Gênesis
O Livro do Êxodo
O Livro de Levítico
O Livro de Números
O Livro de Deuteronômio
O Livro de Josué
Traduções da Bíblia
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, reservo o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica ou invasão de privacidade pessoal/familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.