
Segundo a história, estes
acontecimentos ocorreram no tempo do Rei Herodes, que teria mandado matar todas
as crianças por medo de perder o seu trono para o futuro rei dos judeus.
Um costume de
Natal
Tornou-se costume em várias culturas
montar um presépio quando é chegada a época de Natal. Variam em tamanho, alguns
em miniatura, outros em tamanho real. O primeiro presépio do mundo teria sido
montado em argila por São Francisco de Assis em 1223. Nesse ano, em vez de
festejar a noite de Natal na Igreja, como era seu hábito, o Santo fê-lo na floresta
de Greccio, para onde mandou transportar uma manjedoura, um boi e um burro,
para melhor explicar o Natal às pessoas comuns, camponeses que não conseguiam
entender a história do nascimento de Jesus. O costume espalhou-se por entre as
principais Catedrais, Igrejas e Mosteiros da Europa durante a Idade Média,
começando a ser montado também nas casas de Reis e Nobres já durante o
Renascimento. Em 1567, a Duquesa de Amalfi mandou montar um presépio que tinha
116 figuras para representar o nascimento de Jesus, a adoração dos Reis Magos e
dos pastores ao Menino Jesus e o cantar dos anjos. Foi já no Século XVIII que o
costume de montar o presépio nas casas comuns se disseminou pela Europa e
depois pelo mundo.
O Presépio
Lucas
em poucas palavras, que Maria deu à luz seu filho primogênito, envolveu-o em
faixas e reclinou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na sala
(Lucas 2.7). A tradição, com muita imaginação, situou esse lugar como sendo uma
gruta ou estábulo com feno, animais, cochos. No meio de tudo isso, Maria, José
e o menino. Mas, não faltando, sem dúvida, o burrinho que transportou a família
de Nazaré para Belém.
A
reconstituição dessa cena denominou-se Presépio.
Historicamente sua origem remonta a São Francisco de Assis. Tomás de Celano,
biógrafo do Santo, é a fonte do relato.
Vejamos
aqui um resumo:
Corria
o ano de 1223 e aproximava-se o Natal. Francisco que, segundo Celano, não
deixava dia e noite de meditar os inefáveis mistérios da vida, paixão e morte
de Jesus Cristo, resolveu celebrar de maneira nova e original a festa do
nascimento de Cristo. Achando-se no eremitério de Fonte Colombo, disse a João
Velita, amigo e admirador seu, membro da Ordem Terceira:
--
Senhor João, se quiser me ajudar, celebraremos este ano o Natal mais belo que
jamais se viu!
E
o amigo retrucou logo:
--
Certo que quero, meu Pai.
Então
Francisco completou:
--
Num dos bosques que cercam o eremitério de Greccio, há uma gruta semelhante à
de Belém. Desejaria representar a cena do Natal. Ver com os olhos do corpo a
pobreza na qual Jesus Menino veio ao mundo. Tal como foi colocado numa
manjedoura entre o boi e o asno. Já tenho autorização do Santo padre para fazer
esta evocação da Natividade de Cristo!
João,
decidido, apenas acrescentou:
--
Compreendi. Deixe tudo por minha conta, meu pai!
Na
noite de Natal, os sinos do vale de Rieti bimbalhavam festivamente e os
habitantes, avisados da nova celebração, acorriam das aldeias, dos castelos,
dos casarios mais distantes, pelos caminhos saibrosos, sob a cintilação das
estrelas, pela noite gelada, mas límpida. Acorriam todos, levando oferendas
como os pastores da Judéia, enquanto dos eremitérios de Fonte Colombo e de
Poggio Bustone e de outros lugares vinham os Frades em procissão com tochas
acesas, entoando litanias, meio devotos, meio curiosos da grande novidade. As
tochas ajudavam a iluminar a noite que era iluminada todos os dias e anos com
sua brilhante estrela. Por fim, chegou o santo, e, vendo tudo preparado, ficou
satisfeito.
Greccio
tornou-se uma nova Belém, com um novo tipo de evocação do nascimento de Jesus
Cristo, honrando a simplicidade, louvando a pobreza e recomendando a humildade
do divino Salvador. A noite ficou iluminada como o dia, e estava deliciosa para
os homens e para os animais.
O
povo foi chegando e se alegrou com o mistério, ressoava com as vozes ecoando
nos morros. Os Frades cantavam, dando os devidos louvores ao Senhor, e a noite
inteira se rejubilava.
Durante
a solene missa, São Francisco, que era diácono, encarregou-se de cantar o
evangelho com voz forte, doce, clara e sonora. Com imenso carinho e emoção fala
depois ao povo ali presente sobre o nascimento de Jesus pobre. E na consagração
adora a presença sacramental do Senhor, que realiza naquele momento o Natal. E,
na comunhão, ele o recebe com uma devoção inusitada. Para Francisco, o Menino
está realmente presente. Seus braços o apertam, seus olhos o veem, seu coração
se inunda de amor e gratidão...
E
se, passados tantos séculos, o presépio continua sendo, depois da missa, a
celebração mais digna do Natal, é porque um gênio de poeta e santidade o
imaginou para, de modo bem plástico e didático, continuar fazendo os homens
relembrarem o supremo gesto de amor do Filho de Deus, como escreve Santo
Agostinho.
O
presépio foi organizado por São Francisco para visualizar, sensibilizar, facilitar
a meditação da mensagem evangélica do conteúdo do mistério de Jesus Cristo, que
nasce na pobreza, na simplicidade, para fazer o homem mais humano: Filho de
Deus, irmão de todos os demais homens, harmonizado com o cosmos. Cada figura do
presépio tem seu conteúdo evangelizador. É preciso explicitá-lo, captá-lo e
vivenciá-lo:
As figuras do
presépio
Menino Jesus: É o filho de Deus. Foi o escolhido
para ser o salvador do povo.
Maria: É a mãe do filho de Deus. Do seu ventre, nasceu Jesus
Cristo.
José: É o pai adotivo do Menino Jesus; foi um homem judeu,
conhecido como carpinteiro de profissão.
Gruta ou Curral: É o local simbolizado
pelo presépio. O curral era onde se guardava o gado. Por isso, no presépio, o
Menino Jesus fica sobre palhas, numa manjedoura.
Manjedoura: É um lugar de aconchego onde Jesus
ficou quando nasceu. É como se fosse o berço de Jesus.
Um burro, um boi,o galo e as ovelhas: Os animais representam a simplicidade do local onde Jesus nasceu.
"Jesus não nasceu em palácios, nem em lugares luxuosos, mas sim no meio
dos animais". O boi representa ainda a bondade e a força pacífica e ainda
o povo hebreu e o sacrifício. O burro simboliza a humildade e os pagãos. O galo
anuncia a chegada de Jesus numa boa nova. Já as ovelhas simbolizam além de
serem os animais dos pastores querem demonstrar que Jesus veio ao mundo
sacrificar-se por nós.
Anjos: Os anjos anunciam aos pastores a chegada do filho de
Deus. Eles sabem que nasceu o salvador.
Pastores: Os pastores são homens do campo, que simbolizam a
simplicidade do povo, já que Deus acolhe a todos sem se importar com sua
condição social. Representam ainda o povo hebreu.
Estrela de Belém: A estrela de Belém é
aquela que se coloca no alto da árvore de Natal. Foi ela que guiou os três Reis
Magos quando Jesus Cristo nasceu.
Três Reis Magos: (a Bíblia não
especifica se foram três e nem se estes homens eram reis) - Gaspar, Baltasar e
Belchior - representam os povos pagãos. Eram considerados sábios. Estes três
nomes simbolizam as raças distintas, representando a universalidade da
Salvação. Eles vieram do Oriente conduzidos pela estrela. Chegaram à cidade de
Belém, local de nascimento do Menino Jesus, trazendo presentes: mirra, ouro e
incenso. O ouro representava a realeza, a mirra era símbolo da paixão e o
incenso é oferecido a Deus: representa a divindade de Jesus.
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