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Eu devo perdoar as ofensas!

Efésios 4.32 - "Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo".

Colossenses 3.13 - "Suportando-vos e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vós também".

Antes do apóstolo Paulo mencionar e ensinar a necessidade de perdoarmos mutuamente as ofensas o Senhor Jesus já havia deixado bem claro que esta é uma característica do cristão verdadeiro. Desse modo, o "pão nosso de cada dia" deseja que você pense neste dia sobre a necessidade e o dever que temos de perdoar aqueles que nos ofendem e assim, caso seja necessário, coloque em prática esta marca do caráter do cristão.

 
Ao ensinar como devemos orar (Mateus 6.5-15):
 
E, quando orardes, não sejais como os hipócritas; pois gostam de orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes. Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal. [Porque teu é o reino e o poder, e a glória, para sempre, Amém.] Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas).
 
Jesus declara que não temos direito de pedir perdão a Deus se não estamos dispostos a perdoar os que nos ofendem. Você perdoa facilmente os que te ofendem ou magoam? É necessário encararmos de frente, e com toda sinceridade, todos os ressentimentos que estivermos abrigando contra alguém. O que desejo mostrar é que o perdão vertical (no relacionamento com Deus) só poderá ser alcançado se praticarmos o perdão horizontal (no relacionamento com o homem). Isto não pode ser esquecido. E para que estejamos motivados a perdoar basta que meditemos sobre como Deus nos perdoa e a medida em que pudermos enxergar o perdão divino a nós dirigido, também teremos capacidade para perdoar os outros. Não podemos inverter a ordem das coisas pensando que o perdão ao semelhante é a base para o perdão divino.
 
A ação humana de perdoar não dirige a ação divina de perdoar. Por outro lado, quando não perdoamos, o que acontece em nosso relacionamento com Deus? E se Deus não perdoa alguém que não é capaz de perdoar o faz porque é justo. A dinâmica do perdoar exige capacidade de amar. O amor sim é o que nos capacita a perdoar e nele encontramos as condições para exercer a reconciliação quando somos os ofensores e o perdão quando somos os ofendidos. A responsabilidade cristã de perdoar não está limitada por um número de vezes e o Senhor fica indignado quando nos esquecemos do perdão que Deus nos oferece e não nos dispomos a amar o semelhante através do gesto do perdão. Ele diz que seremos castigados pelo Pai celestial:
(Mateus 18.22-35):
 
Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete; mas até setenta vezes sete. Por isso o reino dos céus é comparado a um rei que quis tomar contas a seus servos; e, tendo começado a tomá-las, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos; mas não tendo ele com que pagar, ordenou seu senhor que fossem vendidos, ele, sua mulher, seus filhos, e tudo o que tinha, e que se pagasse a dívida. Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, tem paciência comigo, que tudo te pagarei. O senhor daquele servo, pois, movido de compaixão, soltou-o, e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem denários; e, segurando-o, o sufocava, dizendo: Paga o que me deves. Então o seu companheiro, caindo-lhe aos pés, rogava-lhe, dizendo: Tem paciência comigo, que te pagarei. Ele, porém, não quis; antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Vendo, pois, os seus conservos o que acontecera, contristaram-se grandemente, e foram revelar tudo isso ao seu senhor. Então o seu senhor, chamando-o á sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste; não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, assim como eu tive compaixão de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim vos fará meu Pai celestial, se de coração não perdoardes, cada um a seu irmão).
 
Negar o perdão é uma atitude hipócrita e Deus não ouvirá a oração de um hipócrita.

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