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Teologia da morte: seu papel e lugar na vida

Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como

Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição.
Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado. Porque aquele que está morto está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos; Sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não mais tem domínio sobre ele. Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor”. (Romanos.6:1-11)

Como entender as experiências de pessoas clinicamente mortas e que voltaram a viver?

Nas últimas décadas, os relatos e experiências de pessoas que foram consideradas clinicamente mortas e que voltaram a viver têm ocupado bastante espaço em filmes, novelas, livros e em cultos religiosos.

1. Não é incomum encontrar evangélicos dando testemunhos sobre o assunto, dizendo ter visitado o céu, o inferno. Relatam longos passeios que fizeram com Jesus, como presenciaram a felicidade de uns e tormentos de outros. Alguns trazem mensagens para os vivos e em quase todas elas é fator dominante as contradições, as heresias, as semelhanças com filmes de ficção científica e inúmeros elementos patéticos do imaginário folclore popular.

2. Os católicos carismáticos, por sua vez, relatam a visita de santos e de Maria, a mãe de Jesus quando estiverem no limiar da morte. Nos relatos mais conhecidos, Maria manda avisar que pediu a Jesus para que o morto voltasse à vida e avisasse à Igreja que ela continua intercedendo junto a Jesus pela "Santa Igreja Católica". Outros, ainda, viram parentes no purgatório, etc.

3. Espíritas e esotéricos mencionam que quando clinicamente mortos, eles se viram fora do corpo e estiveram em contato com espíritos de luz. Há dois tipos de situação envolvendo o "espírito de luz". Na primeira, o espírito convida o moribundo à uma reflexão, um exame da vida. Na segunda, o moribundo tem o seu horizonte humano dimensionado e ligado a um estado de felicidade sem limites.

4. A ciência, ainda que duvidando da fé religiosa, mas baseada em diversos estudos e um grande número de pesquisas e entrevistas com pessoas que "voltaram a viver", admite que a partir dos referidos estudos, deduz-se indícios claros do que acontece com o ser humano depois da morte. Ou melhor, naquela zona limítrofe da vida humana existente entre a morte clínica e a morte vital. Do ponto de vista científico e de forma imparcial,há teorias de supostos contatos com seres imaginários e relatos de pessoas que estiveram na outra vida e voltaram.

Que podemos afirmar à luz da Bíblia?

1. A teoria que alguém foi ao inferno "ver como era" é absurda e não tem base bíblica. Três palavras são traduzidas como inferno em português:

a) HADES (ou sheol em hebraico) - refere-se ao lugar onde os espíritos dos mortos aguardam a ressurreição;

b) TÁRTARO é usado para referir-se à prisão dos anjos caídos (Judas v.6);

c) GEENA, refere-se ao Inferno em relação ao castigo eterno É o lugar para onde irão os injustos após o Julgamento do Grande Trono Branco (Lucas 16:23). Se o Julgamento ainda não aconteceu, como podem alguns afirmar que estiveram no Inferno (Geena)?

Se o livro de Apocalipse fala de mar de cristal, ruas de ouro, por que nos relatos de arrebatamento e ressurreição as narrativas costumam mencionar de uma espécie de fazenda feliz com flores e frutos?

A pessoa que volta a viver não tem lembranças do que aconteceu enquanto estava na fronteira da morte. Diversos estudos comprovaram que as sensações psicoemocionais se misturam no torpor da agonia e se vive as sensações difusas causadas pelo inconsciente ainda funcionando.

2. Os relatos sobre arrebatamento estão em desacordo com os relatos bíblicos sobre pessoas que voltaram a viver ou que estiveram na fronteira da morte:

a) A ressurreição de pessoas mortas não menciona lembranças de onde estiveram (Mateus 9:18-26; Lucas 7:11-17).

b) O objetivo era mostrar o poder do Cristo vencedor da morte (era um milagre).

c) A ressurreição de pessoas mortas implica em ressuscitar para tornar a morrer, muito diferente da ressurreição final que será para juízo (Apocalipse 20:5-6,13).

d) As visões dos céus (Morada de Deus) se deram com o ARREBATAMENTO DOS SENTIDOS de alguém vivo (Isaías, Ezequiel, Estevão, Paulo, e João) e as ressurreições registradas no Novo Testamento não mencionam nada sobre a vida pós-morte.
 

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