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Deus quer adorador ou adoração?

Deus quer adorador ou adoração?

“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.” (João 4.23)

O que é necessário para adorar a Deus, em espírito e em verdade? É necessário ser gerado de Deus, pois, somente os nascidos do Espírito, são espirituais e verdadeiros “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” (João 3.6 ); “E nisto conhecemos que somos da verdade, e diante dele asseguraremos nossos corações” (1 João 3.19).

Para adorar a Deus é necessário ao homem ser espiritual e para ser espiritual é necessário ser nascido de Deus, condição decorrente do novo nascido ser participante da natureza divina (2 Pedro 1.4). Todo aquele que crê no Filho de Deus alcança a filiação divina (João 1.12), pois, aos que creem é concedido poder para serem feitos filhos de Deus: verdadeiros e espirituais (Efésios 4.24).

Todos os que creem no unigênito Filho de Deus, que foi enviado ao mundo, nascem de novo (João 3.5,16), pois, Cristo é Espírito vivificante, o último Adão (1 Coríntios 15.45), e todos que dele são gerados, são tal qual Ele é neste mundo.

“O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o SENHOR, é do céu. Qual o terreno, tais são também os terrestres; e, qual o celestial, tais também os celestiais” (1 Coríntios 15.48-49; 1 João 4.17).

Somente os filhos de Deus, aqueles que são gerados segundo o último Adão, podem adorar a Deus em espírito e em verdade, pois, somente os filhos de Deus são espirituais e estão naquele que é verdadeiro (1 João 5.20). Diante desta verdade, o apóstolo Paulo escreveu aos cristãos, em Éfeso, demonstrando que eles foram criados, segundo Deus, em verdadeira justiça e santidade “E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Efésios 4.24).

Todos os que são criados, segundo Deus, são novas criaturas, e estão assentados nas regiões celestiais em Cristo “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5.17; Efésios 1.3).

Os cristãos são:

  • Filhos de Deus (Gálatas 3.26 ; 1 João 3.1 -2);
  • Luz no Senhor “E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más” (João 3.19); “Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no SENHOR; andai como filhos da luz” (Efésios 5.8); “Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas” (1 Tessalonicenses 5.5);
  • Pedras vivas (1 Pedro 2.5);
  • Sacrifício vivo (Romanos 12.1);
  • Sacerdócio real (1 Pedro 2.5);
  • Templos de Deus (1 Coríntios 3.16 -17);
  • Herdeiros e co-herdeiros (Romanos 8.17).

Todos os cristãos podem oferecer sacrifício a Deus, pois, são templos, exercem sacerdócio real e podem apresentar os seus corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus em um culto racional. Todas as vezes que professam o nome de Cristo, oferecem sacrifício de louvor, que é o fruto dos lábios (Romanos 12.1; Hebreus 13.15; Oseias 14.2; Provérbios 18.20).

A adoração não depende e nem está vinculado a templo, lugar, nacionalidade, sacrifícios, religiosidade, forma, ou rito, etc., pois, Jesus mesmo disse que nem em Samaria, nem em Jerusalém se adoraria o Pai, antes, em espírito e em verdade.

Para adorar a Deus basta que o Pai e o Filho façam morada no homem (João 14.23), e, no homem regenerado, todos os elementos essenciais ao culto estão presente: acesso a Deus, templo, sacerdócio e sacrifício.

Tudo o que relatamos é consequência da fé em Cristo, pois, Deus procura adoradores “… o Pai procura a tais…” (João 4.23). Quando se há verdadeiro adorador, a adoração é perene. Deus procura adoradores e estes, por sua vez, o adorarão, por estarem em Cristo, pois, Ele é o verdadeiro Deus e a vida eterna.

Quando Abel e Caim foram adorar a Deus, resolveram oferecer, voluntariamente, uma oferta. Abel aproximou-se de Deus, pois cria na existência d’Ele e estava convicto de que Deus é galardoador dos que o buscam. Abel primeiramente foi aceito por Deus, e depois, a oferta. Deus aceitou em primeiro lugar o adorador, depois o sacrifício “Atentou o Senhor para Abel e para sua oferta…” (Gênesis 4.4).

Caim foi diferente, pois sabia da existência de Deus, mas quis se aproximar fiado que seria aceito pela oferta, e não em razão de Deus ser galardoador dos que O buscam. Primeiramente Caim foi rejeitado, e depois rejeitada a sua oferta “… mas para Caim e para a sua oferta não atentou” (Gênesis 4:5 ).

O escritor aos Hebreus, ao fazer referencia a Caim e Abel, deixa claro que, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim e, mediante a fé, alcançou testemunho de que era justo. Em primeiro lugar, é necessário alcançar o testemunho de Deus, de que se é justo (justificação), e tudo o que for ofertado será aceito por Deus (Hebreus 11.4).

Assim como Cristo não veio oferecer sacrifico, antes, veio fazer a vontade do Pai (Hebreus 10.5-9), Deus procura aqueles que faça a vontade dele, ou seja, que creiam em Cristo (1 João 3.23). Em primeiro lugar, é necessário fazer a vontade de Deus e, somente assim, o sacrifício é recebido (Hebreus 10.9-10).

Deus procura adoradores! Deus procura homens que façam a vontade dele! Deus procura homens que o obedeçam, pois, melhor é obedecer do que oferecer sacrifícios.

“Porém Samuel disse: Tem porventura o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros” (1 Samuel 15.22).

Os judeus se ocupavam dos sacrifícios, mas, quando foram concitados a obedecer a Deus, rejeitaram a sua vontade “E o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo… “ (1 João 3.23).


Fonte: Estudos bíblicos teológicos evangélicos.


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