Desde o Antigo Testamento, os curandeiros da tradição judaico-cristã eram considerados como profetas e, a fim de legitimar sua missão profética, realizavam curas e milagres no meio do povo. No tempo de Jesus, a cura consistia praticamente na expulsão do demônio, causador da doença, e no perdão dos pecados. A prática de expulsar demônios, adquirida pelos hebreus nos exílios da Babilônia e do Egito, era algo comum no judaísmo, pois se cria que as doenças eram causadas por eles, a exemplo da passagem de Mateus 12.22-28. No versículo 28, Jesus, ao referir-se a si mesmo, assim se expressa: ”Mas, se é pelo Espírito de Deus que expulso os demônios, então chegou para vós o Reino de Deus”.
No contexto cultural de Jesus, a crença, para muitos, era de que havia entre Deus e Satanás um grande conflito espiritual. Anjos e demônios travavam batalhas celestes ao passo que justos e maus espíritos e injustos repercutiam a mesma batalha terrena.
Havia, em Jesus, na prática da cura das doenças, uma diferença fundamental. Um poder desigual capaz de atrair, até mesmo, algumas pessoas importantes (Jairo, chefe da sinagoga). Seu poder consistia, pois da ação poderosa do Espírito Santo, cujo poder fora dado aos apóstolos, antes e depois da sua morte, a fim de conferir-lhes poder “sobre os espíritos imundos” (Marcos 6.7). Os apóstolos ficaram impressionados, pois os demônios eram-lhes sujeitos: “expeliam numerosos demônios, ungiam com óleo a muitos enfermos e os curava” (Marcos 6.13).
Milagres | Mateus | Marcos | Lucas | João |
EXORCISMOS | ||||
O endemoninhado de Cafarnaum | 1.25 | 4.35 | ||
O endemoninhado gadareno | 8.32 | 5.8 | 8.33 | |
A filha da mulher cananéia | 15.21 | 7.24 | ||
O menino endemoninhado | 17.14 | 9.14 | 9.37 | |
O endemoninhado cego e surdo | 12.22 | |||
O endemoninhado mudo | 9.32 | 11.14 | ||
CURAS | ||||
A sogra de Pedro | 8.14 | 1.29 | 4.38 | |
O leproso | 8.2 | 1.40 | 5.12 | |
O paralitico | 9.1 | 2.1 | 5.17 | |
O homem com a mão atrofiada | 12.9 | 3.1 | 6.6 | |
A ressurreição da filha de Jairo | 9.18 | 5.21 | 8.40 | |
A mulher com fluxo de sangue | 9.20 | 5.29 | 8.44 | |
Um homem surdo-gago | 7.31 | |||
O cego de Betsaida | 8.22 | |||
Dois cegos | 20.29 | 10.46 | 18.35 | |
O jovem da cidade de Naim | 7.11 | |||
A mulher encurvada | 13.10 | |||
Os dez leprosos | 17.11 | |||
O hidrópico | 14.1 | |||
O paralitico no tanque de Betesda | 5.1 | |||
A ressurreição de Lázaro | 11 | |||
O cego de nascença | 9 | |||
O servo do centurião | 8.5 | 7.1 | ||
O filho de um oficial | 4.46 | |||
MILAGRES DA NATUREZA | ||||
A tempestade acalmada | 8.23 | 4.35 | 8.22 | |
A alimentação de 5 mil pessoas | 14.13 | 6.30 | 9.10 | 6.1 |
A alimentação de 4 mil pessoas | 15.32 | 8.1 | ||
A caminhada sobre as águas | 14.22 | 6.45 | 6.16 | |
A maldição da figueira | 21.18 | 11.14 | ||
A moeda da boca do peixe | 17.24 | |||
A pesca milagrosa | 5.5 | 21.1 | ||
A transformação da água em vinho | 2.1 |
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