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HISTÓRIA DA BÍBLIA

Por um bom período da História, a leitura da Bíblia foi vetada aos leigos, sendo consentida apenas para o clérigo, os quais estabeleciam as leis para a igreja como desejavam.



Após a Reforma, proposta por Martinho Lutero, os protestantes passaram a fazer uso dela e torná-la pública. Por um tempo em nosso país, eram as Bíblias confiscadas e perseguidos todos os que a possuíam. Hoje, muitos têm descoberto o valor do seu uso.
A Bíblia foi o primeiro livro a ser impresso. Ela é uma coleção de escritos, considerados pela Igreja cristã, como inspirados por Deus.

O QUE SIGNIFICA BÍBLIA?

O termo "Bíblia", não se encontra dentro do texto das Sagradas Escrituras. É derivado do nome que os gregos davam à folha de papiro preparada para a escrita - biblos. Um rolo de papiro de tamanho pequeno era chamado "biblion", e vários destes era uma "bíblia".

Portanto, literalmente, a palavra bíblia quer dizer "coleção de livros pequenos". É consenso geral entre os teólogos que o nome Bíblia, foi primeiramente aplicado às Sagradas Escrituras por João Crisóstomo, patriarca de Constantinopla, no Século IV.
Devido as Escrituras formarem uma unidade perfeita, a palavra Bíblia, sendo um plural como acabamos de ver, passou a ser singular, significando O Livro, isto é: O Livro dos livros; O Livro por Excelência. Como O Livro Divino, a definição canônica da Bíblia é "A revelação de Deus à humanidade".

ANTIGO TESTAMENTO

É a primeira parte da Bíblia, que inicia com o livro de Gênesis e finda com o livro de Malaquias, também chamado de antiga Aliança. O que é aliança? Acordo que Deus, por causa do seu amor fez com o seu povo. Esta aliança (trato, pacto, contrato, concerto, união) tem como base o seguinte: Deus, cumprindo a sua Palavra que foi dada como promessa aos patriarcas, era o Senhor da nação de Israel, e este era o seu povo. Ele estendia a sua benção sobre o povo, e este por sua vez andava em obediência a Ele. O termo "testamento", sendo usado para indicar as duas divisões da Bíblia, quer dizer "aliança". No Antigo Testamento vemos Deus se revelando ao povo de Israel, na expectativa da vinda do Messias, o Salvador prometido, o que havia sido designado por Ele como o ungido que viria na plenitude dos tempos, no momento certo para Deus agir, trazendo libertação ao povo da Lei e da escravidão do pecado.




ORGANIZAÇÃO

Livros da Lei – Pentateuco

Os cinco primeiros livros da Bíblia narram as origens da raça e da cultura judaica. 

Gênesis: O livro dos inícios descreve a criação, os primeiros atos de rebeldia contra Deus e a escolha de Abraão e sua descendência.

Êxodo: Deus resgata os israelitas da escravidão no Egito e os guia pelo deserto do Sinai. Ali ele entrega a Moisés as leis para governar a nova nação.

Levítico: Deus estabelece as leis para o povo de Israel, a maior parte relacionada à santidade e à adoração.

Números: Devido a sua rebeldia e desobediência, os israelitas têm de vagar no deserto por quarenta anos antes de entrar na terra prometida.

Deuteronômio: Pouco antes de sua morte, Moisés faz três emocionantes discursos de despedida, recapitulando a história e alertando os israelitas contra novos erros.

Livros Históricos 

Os doze livros seguintes continuam a história dos israelitas. Eles entram na terra de Canaã e estabelecem um reino que dura quase quinhentos anos. 

Josué: Depois da morte de Moisés, Josué comanda os exércitos que conquistam a maior parte do território da terra prometida.

Juízes: A nova nação comete uma série de erros deprimentes. Deus levanta líderes chamados “juízes”.

Rute: Esta história de amor e lealdade entre duas viúvas brilha intensamente num período sombrio.

1 Samuel: Samuel se torna o líder de transição entre a época dos juízes e o período dos reis. Ele aponta o primeiro rei de Israel, Saul.

Depois de seu fracasso, Saul tenta violentamente impedir que Davi, o rei eleito por Deus, assuma o trono.

2 Samuel: Davi, um homem segundo o coração de Deus, promove a união de Israel. Mas depois de cometer adultério e assassinato, ele é perseguido pela família e assombrado por crises nacionais.

1 Reis: Salomão sucede Davi, com algum sucesso. Após sua morte, uma guerra civil divide a nação. Os reis seguintes são, em sua maior parte, ímpios, e o profeta Elias tem confrontos intensos com o rei Acabe.

2 Reis: Esse livro prossegue o registro dos governantes do reino dividido. Nenhum dos reis do norte segue a Deus de forma consistente, e por isso Israel acaba destruída por um invasor. O reino do sul, Judá, durou mais tempo, mas por fim a Babilônia o conquistou e deportou seus cidadãos.

1 Crônicas: O livro tem início com o registro genealógico mais completo da Bíblia; na sequência, acrescenta diversos incidentes da vida de Davi (muitas vezes os mesmos relatados em 2Samuel).

2 Crônicas: Em paralelo frequente com os livros dos Reis, este livro registra a história dos governantes de Judá, enfatizando os reis bons.

Esdras: Depois de ser mantido cativo na Babilônia durante décadas, o povo judeu tem a permissão de retornar à terra natal. O sacerdote Esdras surge de uma das primeiras ondas de refugiados.

Neemias: Neemias retornou do cativeiro babilônico após a reconstrução do templo. Ele concentra seus esforços na restauração do muro de proteção em torno de Jerusalém e se junta a Esdras na liderança de um reavivamento religioso.

Ester: Esta história se passa entre os judeus cativos na Pérsia. A corajosa rainha judia frustra um plano de extermínio de seu povo.

Livros Poéticos

Quase um terço do Antigo Testamento foi originalmente escrito na forma de poesia. Estes livros enfocam questões relacionadas a sofrimento, Deus, vida e amor. 

Jó: O homem mais devoto de seu tempo sofre enorme tragédia pessoal. O livro inteiro trata da questão “Por quê?”.

Salmos: Estas orações e hinos cobrem toda a gama de emoções humanas; juntos, eles representam uma jornada pessoal sobre como se relacionar com Deus. Alguns salmos eram usados nos cultos públicos de adoração.

Provérbios: Os provérbios contêm conselhos para cada área imaginável da vida. O estilo de sabedoria prática descrita aqui conduz a uma vida plena.

Eclesiastes: A vida sem Deus, “debaixo do sol”, leva à falta de sentido e ao desespero, diz o Mestre, neste livro notavelmente moderno.

Cântico dos Cânticos: Este belíssimo poema celebra o amor romântico e físico.

Livro dos Profetas

Durante os anos em que os reis governaram Israel e Judá, Deus se pronunciou por meio de profetas. Embora alguns deles de fato predissessem acontecimentos futuros, sua função principal consistia em chamar o povo de volta para Deus.

Profetas Maiores 

Isaías: O mais eloquente dos profetas, Isaías analisa os erros de todas as nações a seu redor e aponta para um futuro Messias que traria a paz.

Jeremias: Jeremias levou uma vida emocionalmente torturante, porém manteve-se firme a sua mensagem. Ele se dirige a Judá nas últimas décadas antes que a Babilônia destruísse a nação.

Lamentações: Todos os alertas de Jeremias a Jerusalém se tornam reais, e Lamentações registra cinco poemas de lamento pela cidade caída.

Ezequiel: Ezequiel se dirige aos judeus cativos na Babilônia. Com frequência ele utiliza histórias dramáticas e encena parábolas para fazer suas observações.

Daniel: Cativo na Babilônia, Daniel é elevado ao cargo de primeiro--ministro. Apesar da intensa pressão política, leva uma vida íntegra exemplar e anuncia profecias altamente simbólicas sobre o futuro.

Profetas Menores

Oseias: Casado com uma mulher libertina, Oseias viveu na pele sua mensagem, a saber, o adultério espiritual que Israel havia cometido contra Deus.

Joel: A partir de uma catástrofe recente em Judá (uma praga de gafanhotos), Joel prediz o julgamento de Deus sobre a nação.

Amós: O camponês Amós prega a Israel no auge da prosperidade nacional. Suas severas advertências se concentram no materialismo do povo.

Obadias: Obadias adverte a Edom, nação fronteiriça de Judá.

Jonas: Com relutância, Jonas vai até Nínive e encontra reação positiva à mensagem de Deus por parte dos inimigos de Israel.

Miqueias: Miqueias expõe a corrupção em cada nível da sociedade, mas conclui com a promessa de perdão e restauração.

Naum: Muito tempo depois de Jonas ter despertado Nínive ao arrependimento, Naum profetiza a total destruição da poderosa cidade.

Habacuque: Habacuque dirige seu livro a Deus, e não ao povo. Num diálogo franco com Deus, ele discute questões de sofrimento e injustiça.

Sofonias: Sofonias focaliza o dia da vinda do Senhor, que purificará Judá e resultará numa bênção para o mundo inteiro.

Ageu: Depois de retornar do cativeiro babilônico, os judeus começam a reconstruir o templo. Em pouco tempo, porém, põem de lado essa tarefa para trabalhar em suas próprias casas. Ageu os lembra de colocar Deus em primeiro lugar.

Zacarias: Escrevendo por volta da mesma época de Ageu, Zacarias também incita os judeus a trabalhar no templo. Ele utiliza uma abordagem mais inspiradora, descrevendo como o templo apontaria para a vinda do Messias.

Malaquias: O último profeta do Antigo Testamento, Malaquias encara uma nação que havia se tornado indiferente. Ele procura despertar o povo de sua apatia.

O NOVO TESTAMENTO

É a segunda parte da Bíblia, que tem seu início com o Evangelho de Mateus e o término com o Apocalipse. Diz respeito à nova Aliança. Em cumprimento à palavra que foi dada pelos profetas, Deus fez um novo trato, que teve sua confirmação na morte do Senhor Jesus na cruz. Ele perdoa os pecados do seu povo, este recebe o novo nascimento e certeza de sua salvação, e vive em dedicação a Ele e ao seu serviço. No Novo Testamento Deus visa abençoar todos os povos. A vinda de Jesus Cristo, o Messias e Salvador foi realizada no tempo determinado por Deus, onde a igreja teve seu início, estabelecida sobre o fundamento do testemunho dos apóstolos.

ORGANIZAÇÃO 

Livros históricos

A palavra evangelho significa “boas-novas”. Quase metade do Novo Testamento consiste de quatro relatos da vida de Jesus e das boas-novas trazidas por ele à terra. Cada um desses quatro livros, ou evangelhos, possui um foco diferente e uma plateia distinta; juntos, eles fornecem um retrato completo da vida e dos ensinos de Jesus. Cerca de um terço de suas páginas é dedicado aos acontecimentos da última semana dele na terra, incluindo a crucificação e a ressurreição. 

Mateus: Escrito para o público judeu, esse evangelho estabelece ligações entre o Antigo e o Novo Testamento. Apresenta Jesus como o Messias e o Rei prometido no Antigo Testamento. Mateus enfatiza a autoridade e o poder de Jesus.

Marcos: Marcos provavelmente tinha os pragmáticos leitores romanos em mente. Seu evangelho ressalta a ação e oferece um relato direto e sequencial da obra de Jesus na terra.

Lucas: Além de médico, Lucas era também um ótimo escritor. Seu evangelho fornece diversos detalhes de interesse humano, especialmente no que diz respeito à forma de Jesus lidar com os pobres e carentes. Um tom alegre caracteriza o livro de Lucas.

João: João possui um estilo diferente, mais reflexivo, comparado aos outros evangelhos. O autor seleciona sete sinais que apontavam para Jesus como o Filho de Deus e entrelaça todo o restante do livro a fim de destacar essa ideia.

Atos: Atos relata o que acontece aos seguidores de Jesus após sua partida. Pedro e Paulo logo emergem como líderes da igreja, que rapidamente se espalha.

As cartas

A jovem igreja foi cultivada espiritualmente pelos apóstolos que firmaram crenças e mensagens numa série de cartas. As treze primeiras (Romanos até Filemom) foram escritas pelo apóstolo Paulo, que conduziu o avanço do cristianismo por entre o mundo não judeu.

Cartas de Paulo

Romanos: Escrita para um público sofisticado, Romanos expõe a teologia de forma lógica e organizada.

1 Coríntios: Livro bastante prático, 1Coríntios se ocupa dos problemas de uma tumultuosa igreja de Corinto: casamento, facções, imoralidade, culto público e ações judiciais.

2 Coríntios: Paulo escreveu esta carta de acompanhamento para se defender de uma rebelião liderada por falsos apóstolos.

Gálatas: Versão reduzida da mensagem de Romanos, esta carta trata do legalismo. Mostra como Cristo veio para trazer liberdade, e não escravidão a um conjunto de leis.

Efésios: Apesar de escrita na cadeia, essa carta é a mais otimista e encorajadora de Paulo. Narra as vantagens que o crente tem em Cristo.

Filipenses: A igreja em Filipo figurava entre as favoritas de Paulo. Essa carta amigável destaca que a alegria pode ser encontrada em qualquer situação.

Colossenses: Escrita para contrapor determinados tipos de culto, Colossenses relata como a fé em Cristo é completa. Não há necessidade de acrescentar nada à obra de Cristo.

1 Tessalonicenses: Composta no início do ministério de Paulo, essa carta apresenta a história resumida de uma igreja, bem como conselhos francos de Paulo sobre problemas específicos.

2 Tessalonicenses: De tom mais enérgico que em sua primeira carta aos tessalonicenses, Paulo segue nos mesmos tópicos, sobretudo nas questões relativas à segunda vinda de Cristo.

1 Timóteo: No final da vida, Paulo escolheu jovens como Timóteo para dar prosseguimento a seu trabalho. Suas duas cartas a Timóteo compõem um manual de liderança para o jovem pastor.

2 Timóteo: Escrita pouco antes da morte de Paulo, 2Timóteo contém as palavras finais do apóstolo a seu jovem assistente.

Tito: Tito foi deixado em Creta, um lugar particularmente difícil para implantar uma igreja. A carta de Paulo apresenta conselhos práticos sobre como lidar com essa dificuldade.

Filemom: Paulo insiste com Filemom, proprietário de um escravo fugitivo, Onésimo, para que perdoe o escravo e o aceite de volta como irmão em Cristo.

Outras cartas

Hebreus: Ninguém sabe quem escreveu Hebreus, mas essa carta provavelmente se dirigia aos cristãos que corriam o risco de retornar à velha religião presa a regras. A carta interpreta o Antigo Testamento, explicando muitas práticas judaicas como símbolos preparatórios do caminho para Cristo.

Tiago: Tiago, um homem de ação, enfatiza o tipo correto de comportamento para o crente. Para Tiago, aquele que se diz cristão deve agir como tal, e sua carta aponta as especificidades.

1 Pedro: Os cristãos primitivos muitas vezes enfrentavam violenta oposição, e a carta de Pedro conforta e encoraja aqueles que eram perseguidos por sua fé.

2 Pedro: Em contraste com 1Pedro, essa se concentra nos problemas surgidos no interior da igreja. É um alerta contra falsos mestres.

1 João: João é capaz de encher de significado profundo palavras simples como luz, amor e vida, e nessa carta ele explica com elegância verdades básicas sobre a vida cristã.

2 João: Alertando contra falsos mestres, João aconselha às igrejas sobre como reagir a eles.

3 João: Para equilibrar 2João, essa carta menciona a necessidade de ser hospitaleiro para com os verdadeiros mestres.

Judas: Judas apresenta uma breve porém inflamada denúncia de hereges.

Apocalipse: Repleto de visões e símbolos, Apocalipse é o único livro do Novo Testamento que se concentra em profecias. Completa a história, iniciada em Gênesis, da batalha cósmica entre o bem e o mal que é travada na terra. Encerra com a descrição de um novo céu e uma nova terra.


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