N
NAÃ
Um dos três filhos de Calebe, o filho de Jefoné (1 Crônicas 4:15).
NAAMÁ
1.Filha do rei de Amom, uma das mulheres de Salomão, a única que é mencionada como lhe tendo dado um filho - Reoboão (1 Reis 14:21, 31).
2.A filha de Lameque e Zila (Gênesis 4:22).
3.Um sírio, comandante dos exércitos de Bene-Hadade II no tempo de Jorão, rei de Israel. Era leproso e quando uma menina escrava, que estava ao serviço da sua mulher, lhe falou de um profeta em Samaria, que podia curá-lo, ele dirigiu-se a Jorão com uma carta de Bene-Hadade. O rei de Israel suspeitou de uma qualquer conspiração contra ele e rasgou as suas roupas. O profeta Eliseu, ao saber disto, mandou que Naamã fosse ter com ele e a estranha entrevista que, então, teve lugar, está registrada em 2 Reis 5. A narrativa contém tudo o que se conhece sobre o comandante sírio. Ele foi curado da sua lepra ao mergulhar sete vezes no Jordão, de acordo com o que Eliseu lhe dissera. A sua cura é mencionada pelo Senhor em Lucas 4:27.
NAAMATITA
1.A designação dada a Zofar, um dos três amigos de Jó (Jó 2:11; 11:1), provavelmente por ser natural de uma cidade árabe chamada Naamá.
2.Um nativo ou habitante de Naamá, que era, ou uma cidade (não a cidade de Judá com esse nome), ou um país (provavelmente na Arábia). Esta é a designação dada a Sofar, o amigo de Jó (Jó 2.11; 11:1; 20:1; 42:9).
NAARÁ
A segunda mulher de Asur, da tribo de Judá (1 Crônicas 4:5, 6).
NAARAI
1.Um beerotita de entre os valentes de Davi e escudeiro de Joabe (1 Crônicas 11:39).
2.Um chefe militar do exército de Davi (1 Crônicas 11:37), também chamado Paarai (2 Samuel 23:35).
NAÁS
1.É mencionado outro rei amonita com o mesmo nome, que se mostrou amigo de Davi durante as suas vagueações (2 Samuel 10:2). Quando ele morreu, Davi enviou uma delegação a Rabate Amom, a capital, em simpatia para com Hanum, seu filho e sucessor. O grave insulto que foi atribuído a esta delegação levou à guerra contra os amonitas que, juntamente com os seus aliados sírios, foram totalmente derrotados numa batalha travada “à entrada da porta”, provavelmente de Medeba (2 Samuel 10:6-14). Novamente Hadade-Ezer reagrupou os sírios mas estes foram totalmente destruídos pelo exército israelita, sob as ordens de Joabe, numa batalha decisiva, travada em Helã (2 Samuel 10:17), perto de Hamate (1 Crônicas 18:3). “E temeram os sírios de socorrer mais aos filhos de Amom” (2 Samuel 10:19).
2.Pai de Amasa, que era o comandante-chefe do exército de Absalão (2 Samuel 17:25). A mulher de Jessé, aparentemente, tinha sido primeiramente casada com este homem, tendo dado à luz Abigail e Zeruia que eram, assim, irmãs de Davi pelo lado materno (1 Crônicas 2:16).
3.Rei dos amonitas no tempo de Saul. Os habitantes de Jabes-Gileade, estando expostos ao perigo por parte de Naás, enviaram uma mensagem a Gibeá, informando Saul da situação extrema em que se encontravam. Ele respondeu prontamente ao chamado, reuniu um exército e marchou contra Naás. “E sucedeu que os restantes se espalharam, que não ficaram dois deles (amonitas) juntos” (1 Samuel 11:1-11).
NAASSOM
Filho de Aminadabe e príncipe dos filhos de Judá no tempo da primeira contagem das tribos no deserto (Êxodo 6:23). A sua irmã Eliseba era mulher de Aarão. Ele morreu no deserto (Números 26:64, 65). O seu nome aparece na linhagem de Cristo na sua forma grega (Mateus 1:4; Lucas 3:32).
NAATE
1.Um levita de entre os superintendentes das ofertas sacerdotais do templo (2 Crônicas 31:13).
2.Um dos quatro filhos de Reuel, o filho de Esaú (Gênesis 36:13, 17).
3.Um levita coatita (1 Crônicas 6:26).
NABAL
Um descendente de Calebe que morava em Maom (1 Samuel 25), a atual Maim, situada a 11 Kms a sudeste de Hebrom. Era “mui poderoso e tinha três mil ovelhas e mil cabras… mas era duro e maligno nas suas obras.” Durante as suas vagueações, Davi chegou ao local onde Nabal morava e, ouvindo que ele estava prestes a tosquiar as suas ovelhas, enviou-lhe dez dos seus homens a pedir-lhe “o que achares à mão para os teus servos.” Nabal ofendeu-se com o pedido e disse de um modo insultuoso: “Quem é Davi e quem é o filho de Jessé?” (1 Samuel 25, informou Abigail, a mulher de Nabal, que logo se deu conta do perigo que o seu lar corria. Ela dirigiu-se rapidamente para o campo de Davi, levando consigo imensas provisões (1 Samuel 25:18). Abigail intercedeu tão cortês e persuasivamente, que a ira de Davi foi aplacada e ele lhe disse: “Bendito o Senhor Deus de Israel, que hoje te enviou ao meu encontro.”
Quando voltou para casa, viu que o marido se mostrava incapaz de compreender a situação, devido à bebedeira e só no dia seguinte lhe explicou o que acontecera. Ele ficou atordoado com o perigo a que ficara exposto, devido à sua conduta. “E se amorteceu nele o seu coração e ficou ele como pedra”. Dez dias depois, “feriu o Senhor a Nabal e este morreu” (1 Samuel 25:37, 38). Não muito tempo depois, Davi casa com Abigail.
NABI
Um dos doze espias que foi enviado a espiar a terra (Números 13:14).
NABUCHAZDÃ
O “Rabe-Saris,” ou camareiro-chefe da corte babilônica. Foi um dos que o rei enviou a libertar Jeremias da prisão, em Jerusalém (Jeremias 39:13).
NABUCODONOSOR
Na ortografia babilônica Nabu-Kudur-Uzur significa “Nebo, protege a coroa!”, ou “fronteiras.” Numa inscrição, ele chama-se a si próprio “o favorito de Nebo.” Foi filho e sucessor de Nabopolassar, que livrou Babilônia da sua dependência da Assíria e deixou Nínive em ruínas. Foi o maior e mais poderoso de todos os reis babilônios. Casou com a filha de Ciaxares e, assim, as dinastias Medo e Babilônica se uniram.
Neco II, o rei do Egito, obteve uma vitória sobre os assírios, em Carquemis. Isto assegurou ao Egito a possessão das províncias sírias da Assíria, incluindo a Palestina. As restantes províncias da Assíria foram divididas pela Babilônia e pela Média. Mas Nabopolassar ambicionava reconquistar a Nebo as províncias ocidentais da Síria e, para isso, enviou o seu filho com um poderoso exército (Daniel 1:1). Os egípcios encontraram-se com ele em Carquemis, onde se travou uma grande batalha, que teve como resultado a derrota dos Egípcios. Estes tiveram que se retirar (Jeremias 46:2-12) e a Síria e a Fenícia ficaram novamente sujeitas a Babilônia (606 a.C.). A partir daí, “o rei do Egito nunca mais saiu da sua terra” (2 Reis 24:7). Nabucodonosor também subjugou toda a Palestina e tomou Jerusalém, levando cativos muitos judeus, entre os quais se encontravam Daniel e os seus companheiros (Daniel 1:1; Jeremias 27:19;40:1).
Três anos depois, Jeoiaquim, que reinava em Jerusalém como vassalo de Babilônia, rebelou-se contra o opressor, contando com a ajuda dos egípcios (2 Reis 24:1). Isto fez com que Nabucodonosor conduzisse novamente o seu exército sobre Jerusalém, que se lhe rendeu imediatamente (598 a.C.). Lutaram contra eles uma terceira vez, Jeoiaquim foi deposto e Nabucodonosor levou-o para Babilônia, juntamente com uma grande quantidade da população da cidade, assim como os vasos sagrados do templo, colocando Zedequias no trono de Judá, em seu lugar. Ele também, sem prestar atenção aos avisos do profeta, fez uma aliança com os egípcios e rebelou-se contra Babilônia. Isto fez com que a cidade fosse novamente sitiada, tendo sido posteriormente tomada e, por fim, destruída (586 a.C.). Zedequias foi levado cativo e foram-lhe tirados os olhos, por ordem do rei da Babilônia, que fez dele seu prisioneiro até ao fim da sua vida.
Um camafeu de ônix, que atualmente se encontra no museu de Florença, contém uma inscrição em forma de seta que é, certamente, antiga e genuína. O perfil protegido por um capacete também é genuíno mas é mais provável que seja o retrato de um usurpador no tempo de Dario (Histaspes) chamado Nidinta-Bel, que tomou o nome de “Nebuchadrezzar”. A inscrição foi traduzida desta maneira: “Em honra de Merodaque, seu senhor, Nabucodonosor, rei da Babilônia, durante a sua vida mandou fazer isto.”
Uma tabuinha de barro, que atualmente se encontra no Museu Britânico, contém a seguinte inscrição, sendo a única que foi descoberta e onde são mencionadas as guerras que travou: “No 37º ano de Nabucodonosor, rei do país da Babilônia, dirigiu-se ao Egito (Misr) para guerrear. Amasis, rei do Egito, reuniu (o seu exército), avançou, espalhando-se em diferentes direções”. Assim se cumpriram as palavras do profeta (Jeremias 46:13-26; Ezequiel 29:2-20). Tendo subjugado a Fenícia e infligido um castigo ao Egito, Nabucodonosor dedicou-se a reconstruir e a adornar a cidade da Babilônia (Daniel 4:30), dando ao seu reino uma maior grandeza e prosperidade através da construção de canais, aquedutos e reservatórios, ultrapassando em grandeza e magnificência tudo o que, no gênero, é mencionado na História (Daniel 2:37). É representado como o “rei dos reis”, governando sobre um vasto império constituído por muitas províncias, com uma longa lista de oficiais e governadores que agiam sob as suas ordens, sátrapas, prefeitos e presidentes, juizes”, etc. (Daniel 3:2, Daniel 3:2, ou talvez o oriente em geral, alguma vez produziu. Ele deve ter possuído imensos trabalhadores. Nove décimos da própria Babilônia e 19/20 de todas as outras ruínas que em grande profusão cobrem a terra são compostas por tijolos estampados com o seu nome. Ele parece ter construído e restaurado quase todas as cidades e templos de todo o país. As suas inscrições fornecem-nos um elaborado registro de todas as obras que ele fez em e à volta de Babilônia, ilustrando a sua jactância: ‘Não é esta a grande Babilônia que eu construí?’”
Depois do incidente da “fornalha ardente” (Daniel 3), à qual os três hebreus foram lançados, Nabucodonosor foi afligido por uma doença mental muito peculiar, como castigo pelo seu orgulho e vaidade, provavelmente a forma de loucura conhecida por licantropia (“homem que se transforma em lobo”). A narrativa da Escritura é notavelmente confirmada pela recente descoberta de um degrau de bronze que contém uma inscrição afirmando que terá sido oferecido por Nabucodonosor ao grande templo de Borsipa como oferta votiva e relativa à sua recuperação de uma doença terrível.
Viveu durante mais alguns anos após a sua recuperação e morreu em 562 A.C. com 83 ou 84 anos, após um reinado de 43 anos, tendo sido sucedido pelo seu filho Evil-Merodaque a quem, após um reinado de dois anos, sucedeu Neriglissar (559-555), tendo a este, sucedido Nabonadio (555-538). No fim do reinado deste rei (menos de um quarto de século após a morte de Nabucodonosor), a Babilônia caiu sob os exércitos de Ciro, exércitos conjuntos da Média e da Pérsia.
“Examinei,” diz Sir H. Rawlinson, “alguns tijolos pertencentes a centenas de cidades diferentes, na vizinhança de Bagdade e nunca encontrei nenhuma outra lenda que não fosse a de Nabucodonosor, filho de Nabopolassar, rei da Babilônia.” Nove décimos de todos os tijolos de entre as ruínas da Babilônia estão estampados com o seu nome.
NACOR
1.Pai de Tera, que era o pai de Abraão (Gênesis 11:22-25; Lucas 3:34).
2.Filho de Tera e irmão mais velho de Abraão (Gênesis 11:26, 27; Josué 24:2). Casou com Milca, a filha do seu irmão Arã e permaneceu na sua terra natal, a Este do Rio Eufrates, em Harã (Gênesis 11:27-32). Foi mantida correspondência entre a família de Abraão em Canaã e os familiares da antiga casa ancestral em Harã até ao tempo de Jacó. Quando este fugiu de Harã, toda a comunicação entre os dois ramos da família terminou (Gênesis 31:55). A sua neta Rebeca tornou-se mulher de Isaque (Gênesis 24:67).
NADAB
O mais velho dos quatro filhos de Aarão (Êxodo 6:23; Números 3:2). Ele, os seus irmãos e o seu pai foram consagrados como sacerdotes de Jeová (Êxodo 28:1). Mais tarde, ele morreu, juntamente com Abiú, por terem trazido fogo estranho perante o altar do incenso (Levítico 10:1, 2; Números 3:4; 26:6).
NADABE
Um dos filhos de Samai, da tribo de Judá (1 Crônicas 2:28, 30).
Filho e sucessor de Jeroboão, rei de Israel (1 Reis 14:20). Enquanto se empenhava em sitiar Gibetom, uma cidade a sul de Dã (Josué 19:44), o exército conspirou contra ele e ele foi morto por Baasa (1 Reis 15:25-28), após um reinado de dois anos (955-953 A.C.). Ao assassínio de Nadabe seguiu-se o assassínio de toda a família e, assim, esta grande família efraimita se extinguiu (1 Reis 15:29).
NAFIZ
Um dos filhos de Ismael (Gênesis 25:15; 1 Crônicas 1:31). Foi o pai de uma tribo árabe.
NAFTALI
Quinto filho de Jacó. A sua mãe era Bila, serva de Raquel (Gênesis 30:8). Quando Jacob foi para o Egito, Naftali tinha quatro filhos (Gênesis 46:24). Pouco se sabe sobre ele como pessoa.
NAGAI
Um dos antepassados de Cristo, da sua linhagem materna (Lucas 3:25).
NARCISO
Um romano que Paulo saúda (Romanos 16:11). Supõem-se que ele tivesse sido o secretário particular do Imperador Cláudio. Isto, contudo, é muito incerto.
NATÃ
1.Um profeta que viveu durante o reinado de Davi e Salomão (2 Crônicas 2:29). É primeiramente mencionado em ligação com a preparação que Davi faz para a construção do templo (2 Samuel 7:2,3,17), aparecendo depois para reprovar Davi relativamente ao seu pecado com Bateseba (2 Samuel 12:1-14). Foi encarregado da educação de Salomão (12:25), em cuja subida ao trono ele desempenhou um papel proeminente (1 Reis 1:8,10,11, 22-45). Os seus dois filhos, Zabade (1 Crônicas 2:36) e Azarias (1 Reis 4:5), ocuparam lugares de honra na corte do rei. A última vez que é mencionado, é quando ajuda Davi a reorganizar a adoração pública (2 Crônicas 29:25). Parece ter escrito a vida de Davi e a de Salomão (1 Crônicas 29:29; 2 Crônicas 9:29).
2.Filho de Davi e de Bateseba (2 Samuel 5:14), cujo nome aparece na genealogia de Maria, mãe de Jesus (Lucas 3:31).
NATANAEL
Um dos discípulos de Cristo, “de Caná da Galiléia” (João 21:2). Ele era “um verdadeiro israelita, em quem não há dolo” (João 1:47, 48). O seu nome só é mencionado no Evangelho de João que, na sua lista dos discípulos, nunca menciona Bartolomeu, sendo, conseqüentemente, identificado com ele. Foi um daqueles a quem Jesus se mostrou após a ressurreição, no mar de Tiberíades.
NAÚM
O sétimo dos chamados profetas menores. Era elcosita. Tudo o que sabemos dele, está registrado no livro das suas profecias. Era provável que fosse natural da Galiléia mas após a deportação, passou a viver em Jerusalém. Outros pensam que Elcós era o nome de uma cidade na margem Este do Tigre e que Naum aí habitava.
NEBAIOTE
1.Filho mais velho de Ismael (Gênesis 25:13) e príncipe de uma tribo israelita (Gênesis 25:16). Tinha uma irmã, Maalate, que era uma das esposas de Esaú (Gênesis 28:9; 36:3)
2.Nome de uma tribo ismaelita descendente de Nebaiote (Gênesis 25:13, 18). Os “carneiros de Nebaiote” (Isaías 60:7) são os presentes que estas tribos nômades do deserto consagravam a Deus.
NEBATE
Pai de Jeroboão, rei de Israel (1 Reis 11:26, etc.).
NEBO
Um deus caldeu cuja adoração foi introduzida na Assíria por Pul (Isaías 46:1; Jeremias 48:1). Foi-lhe dedicado um templo cujas ruínas ainda podem ser vistas em Birs Nimrud. Foi encontrada uma estátua de Nebo em Calá, onde fora colocada por Pul, rei da Assíria e que se encontra agora no Museu Britânico.
NEBUZARADÃO
O “capitão da guarda,” posição a seguir à do rei. Parece ser uma pessoa proeminente, tendo dirigido a captura de Jerusalém (2 Reis 25:8-20; Jeremias 39:11; 40:2-5). Mostrou-se bondoso para com Jeremias, tal como lhe ordenara Nabucodonosor (Jeremias 40:1). Cinco anos depois, volta a Jerusalém e leva cativos mais 745 judeus.
NECO II
Rei egípcio, filho e sucessor de Psametico (610-594 a.C..), contemporâneo de Josias, rei de Judá. Por qualquer razão, declarou guerra contra o rei da Assíria. Conduziu um poderoso exército em direção ao norte mas deparou-se com o rei de Judá em Megido, que se recusou a deixá-lo passar pelo seu território. Travou-se ali uma dura batalha e Josias foi morto (2 Crônicas 35:20-24). Possivelmente, como alguns supõem, Neco pode ter levado o seu exército através do mar, chegando a um qualquer porto a norte de Dor (comparar com Josué 11:2; Jeremias 12:23), uma cidade fenícia não muito distante de Megido. Após esta batalha, Neco avançou para Carquemis, onde se deparou e conquistou o exército assírio e, deste modo, todas as províncias sírias, incluindo a Palestina, caíram sob o seu domínio.
Ao regressar, depôs Jeoacaz, que sucedera ao seu pai Josias, declarou Eliaquim rei e mudou-lhe o nome para Jeoiaquim. Levou depois Jeoacaz para o Egito e este lá morreu (2 Reis 23:31; 2 Crônicas 36:1-4). Quatro anos após esta conquista, Neco voltou a marchar em direção ao Eufrates; mas aqui deparou-se com os caldeus, que o derrotaram a ele e ao seu exército (606 a.C.). Nabucodonosor, que comandava o exército caldeu, fez com que os egípcios se retirassem e ficou com todo o território que eles tinham conquistado, desde o Eufrates até ao “rio do Egito” (Jeremias 46:2; 2 Reis 24:7, 8). Pouco depois disto, Neco morreu, sucedendo-lhe o seu filho Psametico II.
NEDABIAS
Um dos filhos de Jeconias (1 Crônicas 3:18).
NEEMIAS
Filho de Hacalias (Neemias 1:1), era provavelmente, da tribo de Judá. A sua família deve ter-se estabelecido em Jerusalém (Neemias 2:3). Era um dos “judeus da dispersão” e na sua juventude foi nomeado para o importante cargo de copeiro real no palácio de Susã. O rei Artaxerxes Longânimo parece ter tido uma certa familiaridade amigável com o seu subordinado. Através do seu irmão Hanani e talvez através também de outras fontes (Neemias 1:2; 2:3), ele ouviu falar do estado desolador e fúnebre em que se encontrava a Cidade Santa, enchendo-se de tristeza o seu coração. Durante alguns dias, ele jejuou, pranteou e orou pelo local da sepultura dos seus pais. Com o tempo, o rei acabou por ver o quanto ele se mostrava triste e perguntou-lhe qual a razão para tanta tristeza. Neemias explicou-lhe tudo e obteve permissão para ir a Jerusalém e aí atuar como tirshatha ou governador da Judéia. Ele dirigiu-se a Jerusalém na primavera de 446 a.C. (onze anos depois de Esdras) com uma forte escolta fornecida pelo rei e com cartas para todos os paxás das províncias pelas quais ele tinha que passar e uma também para Asafe, guarda das florestas reais, carta essa onde o rei o instruía a ajudar Neemias. Quando chegou, ele decidiu-se a inspecionar a cidade e a estabelecer um plano para o seu restauro; um plano que ele executou com grande energia e perícia, de modo que tudo ficou pronto em cerca de seis meses. Ele permaneceu na Judéia durante treze anos como governador, levando a cabo muitas reformas, apesar da muita oposição que encontrou (Neemias 13:11).
Ele construiu sobre as antigas estruturas, “complementando e completando o trabalho de Esdras,” tratando de todos os pormenores referentes à segurança e boa governação da cidade. No fim deste importante período da sua vida pública, ele voltou para a Pérsia, para o serviço do seu amo real em Susã ou Ecbatana. Pouco depois disto, o antigo estado de corrupção voltou, mostrando a inutilidade das profissões de fé que tinham sido feitas aquando da dedicação dos muros da cidade (Neemias 12).
Malaquias levantou-se de entre o povo com palavras severas de reprovação; Neemias voltou novamente da Pérsia (após uma ausência de quase dois anos) e lamentou-se ao ver como a degeneração moral se espalhara. Decidiu-se, com vigor, a retificar os abusos flagrantes que se tinham espalhado e restaurou uma administração ordenada de adoração pública e uma observação extrínseca da lei de Moisés. Da sua história subseqüente, nada se sabe. Talvez tivesse permanecido no seu posto de governador até à sua morte (por volta de 413 a.C.) com uma idade bem avançada. O local onde morreu e foi sepultado é, contudo, desconhecido. “Parece-se com Esdras no seu zelo inflamado, no seu ativo espírito de empreendimento e na piedade da sua vida: mas era de uma disposição mais franca e mais intensa; tinha menos paciência para com os transgressores; era mais um homem de ação do que pensamento e mais inclinado para o uso da força do que da persuasão. A sua sagacidade prática e a sua grande coragem eram muito vincadas, sendo demonstradas pelo modo como reconstruiu os muros e frustrou os habilidosos planos dos seus adversários. O seu coração piedoso, o seu profundo espírito religioso e constante sentido de comunhão e dependência absoluta de Deus são notavelmente exibidos, primeiramente na longa oração registrada em Neemias 1:5-11 e, em segundo lugar, no que tem sido apelidado de “orações interjeccionais”, aquelas pequenas mas tocantes súplicas ao Deus Todo Poderoso que ocorrem com tanta freqüência nos seus escritos, a instintiva expansão de sentimentos de um coração profundamente tocado mas que descansa em Deus e que somente olha para Deus em busca de ajuda na aflição, na frustração dos desígnios malignos e na recompensa e aceitação final.” Neemias foi o último dos governadores enviados pela corte persa. A Judéia, depois disto, foi anexada à satrapia da Síria, sendo governada pelo sumo sacerdote sob a jurisdição do governador da Síria, tornando-se a sua estrutura interna cada vez mais numa hierarquia.
NEMUEL
1.Um dos cinco filhos de Simeão (1 Crônicas 4:24), também conhecido por Jemuel (Gênesis 46:10).
2.Um rubenita filho de Eliabe e irmão de Datã e Abirão (Números 26:9).
NER
Pai de Cis (1 Crônicas 8:33). Em 1 Samuel 14:51 lê-se “Cis, pai de Saul e Ner, pai de Abner, eram filhos de Abiel.” Por isso, este Cis e este Ner eram irmãos e Saul e Abner eram primos direitos (comparar com 1 Crônicas 9:36).
NEREU
Um cristão de Roma a quem Paulo envia as suas saudações (Romanos 16:15).
NERGAL-SAREZER
1.Outro dos “príncipes” que tinha o título de “Rabe-Mague”. Foi um dos que foi enviado pelo “capitão da guarda” para libertar Jeremias da prisão (Jeremias 39:13). Era uma pessoa nobre da mais alta estirpe. A partir da história e de algumas inscrições, pensa-se que ele era Neriglissar que matou Evil-Merodaque, o filho de Nabucodonosor e lhe sucedeu no trono de Babilônia (559-556 a.C.).
Era casado com a filha de Nabucodonosor. As ruínas de um palácio, o único na margem direita do Eufrates, contêm inscrições que mostram ter ele sido construído por este rei. Sucedeu-lhe o seu filho, um rapazinho, que foi assassinado após um reinado de cerca de nove meses e em conseqüência de uma conspiração tecida por alguns nobres, um dos quais - Nabonadio - ascendeu ao trono desocupado, reinando durante um período de dezessete anos (555-538 a.C.). No fim desse período, Babilônia foi tomada por Ciro. Belsazar, que aparece ligado a este episódio da queda da Babilônia, é visto por alguns como sendo Nabonadio e que é chamado filho de Nabucodonosor (Daniel 5:11; 18,22) porque casara com a sua filha. Mas sabe-se, a partir de certas inscrições, que Nabonadio tinha um filho chamado Belsazar, que poderá ter estado associado ao seu pai, no trono, na altura da queda da Babilônia e que era, por isso, neto de Nabucodonosor. Os judeus só tinham uma palavra, geralmente traduzida por “pai”, para representar relações como a de “avô” e “bisavô”.
2.Um dos “príncipes” do rei da Babilônia que o acompanhou na sua última expedição contra Jerusalém (Jeremias 39:3, 13).
NERO
Aparece somente uma vez no cabeçalho da Segunda Epístola de Timóteo. Tornou-se imperador de Roma quando tinha cerca de dezessete anos (54 d.C.) e cedo começou a demonstrar o caráter de um tirano cruel e de um debochado bárbaro. Em Maio de 64 d.C., deflagrou um terrível incêndio em Roma, que grassou durante seis dias e sete noites, destruindo completamente grande parte da cidade. Ele terá sido culpado por este incêndio e o veredicto geral da história acusa-o desse crime. “Desse modo, para afastar os rumores,” diz Tácito, “ele acusa falsamente e pune com as torturas mais requintadas os cristãos, que são odiados pelas suas maldades. Cristo, o fundador deste nome, foi morto como um criminoso por Pôncio Pilatos, procurador da Judéia durante o reinado de Tibério; mas esta perniciosa superstição, reprimida durante algum tempo, foi restaurada novamente não só na Judéia, onde o mal se originou, mas também na cidade de Roma, para onde todas estas coisas horríveis e vergonhosas fluíram, vindas de todos os quadrantes e onde foram encorajadas. De acordo com estas circunstâncias, foram presas três pessoas que confessaram ser cristãs. A seguir, com base nas informações por elas fornecidas, uma grande multidão foi condenada não tanto pelo incêndio, mas mais pelo ódio que lhes tinham. E, com a sua morte, foram transformados em objetos de desporto; eram vestidos com peles de animais selvagens e atirados aos cães, ou pregados a cruzes e quando o dia declinava, eram queimados, servindo, então, de archotes de iluminação durante a noite. Nero ofereceu os seus próprios jardins para a apresentação deste triste espetáculo, exibindo também um jogo circense que misturava indiscriminadamente pessoas comuns como cocheiros de quadrigas. Daqui nasceu um sentimento de compaixão para com os sofredores, embora sendo culpados e merecendo servir de exemplo a outros através de uma punição capital, pois não pareciam trazer qualquer bem ao povo, sendo vítimas da ferocidade de um só homem.” Outro historiador romano diz de Nero: “Ele também infligiu castigos aos cristãos, um grupo de pessoas que crê numa superstição nova e ímpia.”
Nero foi o imperador perante quem Paulo foi trazido aquando do seu primeiro encarceramento em Roma e é suposto que o apóstolo tenha sofrido durante esta perseguição. É-lhe feita alusão nas Escrituras (Atos 25:11; Filipenses 1:12,13; 4:22). Morreu em 68 d.C.
NETANEL
1.Um dos irmãos de Davi (1 Crônicas 2:14).
2.Um levita (1 Crônicas 24:6).
3.Um porteiro do templo, da família dos coritas (1 Crônicas 26:4).
4.Um sacerdote que tocou a trombeta perante a arca, quando esta foi levada para Jerusalém (1 Crônicas 15:24).
5.Filho de um sacerdote que tocou uma trombeta na dedicação dos muros de Jerusalém (Neemias 12:36).
6.Filho de Zuar, chefe da tribo de Issacar na altura do êxodo (Números 1:8; 2:5).
7.Um dos “príncipes” nomeados por Josafá para ensinar a lei pelas cidades de Judá (2 Crônicas 17:7).
8.Um chefe levita no tempo de Josias (2 Crônicas 35:9).
NETANIAS
1.Um levita enviado por Josafá a ensinar a lei (2 Crônicas 17:8).
2.Um dos filhos de Asafe, nomeado por Davi para ministrar no templo (1 Crônicas 25:2, 12).
NEUSTA
Filha de Elnatã, de Jerusalém e mulher de Jeoiaquim (2 Reis 24:8), rei de Judá.
NICANOR
Um dos sete diáconos nomeados pela igreja apostólica (Atos 6:1-6). Nada mais se sabe sobre ele.
NICODEMOS
Um fariseu e membro do Sinédrio. É pela primeira vez mencionado quando se encontra com Jesus de noite (João 3:1-21) com o propósito de aprender mais sobre a sua doutrina e o Senhor, nesse momento, lha revela, salientando a necessidade de se “nascer de novo”. A seguir, reuniu-se com o Sinédrio (João 7:50-52), onde protestou contra o rumo que eles tomavam ao conspirarem contra Cristo. Mais uma vez é mencionado, ao tomar parte na preparação do corpo de Cristo para a sua unção e sepultamento (João 19:39). Não se sabe mais nada sobre ele. Não haverá, contudo, dúvidas de que ele se tornou um verdadeiro discípulo.
NICOLAU
Um prosélito de Antioquia e um dos sete diáconos (Atos 6:5).
NIGER
O sobrenome de Simeão (Atos 13:1). Era assim chamado provavelmente por causa da sua compleição escura.
NIMROD
Um descendente de Cusi, filho de Cam. Foi o primeiro a proclamar-se “poderoso na terra”. Babel foi o início do seu reino, que ele gradualmente foi tornando maior (Gênesis 10:8-10). A “terra de Nimrod” (Miquéias 5:6) é uma designação da Assíria ou de Sinar, que fazia parte dela.
NINFA
Saudada por Paulo na sua Epístola aos Colossenses como membro da Igreja de Laodiceia (Cl 4:15).
NINSI
Jeú era “filho de Jeosafá, filho de Ninsi” (2 Reis 9:2; comparar com 1 Reis 19:16).
NOA
Uma das cinco filhas de Zelofeade (Números 26:33; 27:1; 36:11; Josué 17:3).
NOADIAS
1.Uma falsa profetiza que ajudou Tobias e Sambalate contra os judeus (Neemias 6:14). Sendo subornada por eles, ela tentou instigar o descontentamento entre os habitantes de Jerusalém e, assim, embaraçar Neemias na sua grande obra de reconstrução dos muros arruinados da cidade.
2.Um levita que voltou da Babilônia (Esdras 8:33).
NOÉ
Neto de Matusalém (Gênesis 5:25-29) que foi, durante 250 anos, contemporâneo de Adão. Era filho de Lameque, que tinha cerca de 50 anos quando Adão morreu. Este patriarca é corretamente visto como o elo de ligação entre o velho e o novo mundo. É o segundo progenitor da família humana.
As palavras do seu pai Lameque quando ele nasceu (Gênesis 5:29) são vistas como tendo um sentido profético, designando Noé como um tipo Daquele que é o verdadeiro “descanso e conforto” dos homens que levam sobre si o fardo da vida (Mateus 11:28).
Viveu 500 anos e lhe nasceram três filhos: Sem, Cam e Jafé (Gênesis 5:32). Era um “homem justo e perfeito na sua geração” e que “andou com Deus” (comparar com Ezequiel 14:14,20). Mas os descendentes de Caim e de Sete começaram a casar-se entre si e assim surgiu uma raça que se distinguiu pela sua incredulidade. Os homens tornaram-se cada vez mais corruptos e Deus determinou varrer da terra a sua perversa população (Gênesis 6:7). Mas com Noé Deus fez um concerto, prometendo-lhe salvá-lo do ameaçador dilúvio (Gênesis 6:18). De acordo com as palavras de Deus, foi-lhe ordenado que construísse uma arca (Gênesis 6:14-16), para que ele e a sua casa se salvassem. Passaram-se 120 anos enquanto a arca esteve a ser construída (Gênesis 6:3). Durante esse tempo, Noé deu o seu testemunho contra a descrença e a maldade daquela geração (1Pe 3:18-20; 2Pe 2:5).
Quando a arca de “madeira de Gofer” (mencionada somente aqui) ficou pronta, de acordo com a ordem de Deus, as criaturas vivas que deveriam ser salvas entraram na arca; e depois Noé, a sua mulher, os seus filhos e as suas noras entraram também e “o Senhor a fechou por fora” (Gênesis 7:16). O julgamento caiu, então, sobre o mundo culpado, “pereceu o mundo de então, coberto pelas águas do dilúvio” (2Pe 3:6). A arca flutuou nas águas durante 150 dias e acabou por poisar nas montanhas do Monte Ararat (Gênesis 8:3,4); mas só depois de algum tempo Deus permitiu que eles saíssem da arca. Por isso, Noé e a sua família ainda permaneceram um ano inteiro dentro da arca (Gênesis 6:14).
Ao sair da arca, a primeira coisa que Noé fez foi erigir um altar, oferecendo sacrifícios de ação de graças e adoração a Deus. Deus fez, então, um concerto com ele, o primeiro entre Deus e o homem, dando-lhe a possessão da terra e estabelecendo regras novas e especiais que ainda permanecem em força no tempo presente (Gênesis 8:21-9:17). Como sinal e testemunha deste concerto, Deus fez surgir o arco-íris, tendo sido adotado por Ele como garantia de que o mundo não mais seria destruído por um dilúvio.
Mas Noé, depois disto, cometeu um grave pecado (Gênesis 9:21); e a conduta de Cam nesta triste ocasião deu lugar a uma predição memorável relativa aos seus três filhos e sua descendência. Noé “viveu depois do dilúvio 350 anos e morreu” (Gênesis 28:29).
NOEMI
Mulher de Elimeleque, mãe de Malom e Quiliom e sogra de Ruth (Rute 1:2,20,21; 21:1). Elimeleque e a sua mulher saíram de Belém de Judá e fundaram o seu novo lar em Moabe. Com o tempo, ele morreu, assim como os seus filhos Malom e Quiliom, que tinham casado com mulheres moabitas. Ficaram três viúvas a lamentar a morte dos seus maridos. Noemi anseia agora por voltar à sua terra, Belém. Uma das suas noras, Ruth, acompanha-a, acabando por casar com Boaz.
NOGÁ
Um dos filhos de Davi, nascido em Jerusalém (1 Crônicas 3:7).
NUM
Para além do fato de ser o pai de Josué, nada mais se sabe sobre ele (Êxodo 33:11).
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