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PARA SER SALVO É PRECISO NECESSARIAMENTE FREQUENTAR IGREJA?

A salvação é individual. Paulo disse que “cada um” será julgado “perante o tribunal de Cristo” (2 Coríntios 5:10). Não seremos julgados coletivamente como igrejas.
A igreja não salva ninguém. É pelo sangue de Jesus que recebemos “a remissão dos pecados” (Efésios 1:6,7). “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé” (Efésios 2:8). A igreja não morreu por nós, e não é capaz de nos salvar.

Paulo frisou a importância de procedimento adequado na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade” (1 Timóteo 3:15). Embora a igreja não salva, ela
tem um papel fundamental na divulgação do evangelho. Devemos valorizar a casa de Deus.


Quando se trata da responsabilidade de participar de uma igreja, uma congregação local, o Novo Testamento não deixa dúvida. Além de muitos exemplos no livro de Atos e referências nas epístolas, encontramos instruções específicas que exigem a nossa participação nas reuniões de uma igreja. O autor de Hebreus claramente condena a atitude de pessoas que deixam de se congregar, porque negligenciam seu papel importante na edificação mútua:

“Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu. E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia. Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários” (Hebreus 10:23-27).


Outras instruções exigem a nossa participação nas reuniões da igreja para participar da Ceia do Senhor (1 Coríntios 11:17-34; confronte com Atos 20:7), para juntar ofertas (1 Coríntios 16:1-3; Atos 4:36,37; 5:1-2) e para resolver questões de pecado na congregação (1 Coríntios 5:4,5). Discípulos de Cristo se juntam, também, para cantar hinos de louvor e edificação (Efésios 5:19-21) e para ensinar a palavra do Senhor (1 Coríntios 14:26).

Pessoas que negligenciam estas responsabilidades, não participando dos cultos da congregação, desobedecem a Deus. Pecam contra os irmãos e contra o Senhor.

O diabo gosta é dos extremos. Ele aprecia ver as pessoas defendendo uma salvação pelas obras e ri daqueles que acham que a salvação pela graça “liberta” da obediência (isso não é liberdade, mas, “libertinagem”).

Os legalistas usam Romanos 2:13 para anular o próprio pensamento de Paulo de que a justificação (ser tornado justo) é somente pela fé: “Porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados”.

Entretanto, a justificação (o ser tornado justo, o ser perdoado) não é pela lei. Escreveu Paulo em Romanos 3:28: “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei.”

Já os permissivistas, aos se depararem com Romanos 2:13, pulam fora e citam outros textos de Romanos (3:21,24) e a carta aos Gálatas para justificarem o seu desrespeito para com os Dez Mandamentos.

Nenhum dos dois grupos de pessoas agrada a Deus. Apenas ao diabo.

O que Romanos 2:13 ensina é que “… homens são julgados não pelo que pretendem conhecer ou professam ser, senão pelo que realmente fazem (cap. 2: 6)”. 

Portanto, o apóstolo está destacando que, mesmo sendo salvo pela graça, o ser humano no dia do juízo será avaliado por suas obras, pela lei que tinha à sua disposição (O Decálogo ou a Lei Moral escrita no seu coração – leia Romanos 2:14-16). Afinal, por que juízo se não existe uma Lei para avaliar a conduta de quem realmente aceitou o plano de salvação? (Eclesiastes 12:13,14; 2 Coríntios 5:10; Romanos 14:12).

Paulo não está defendendo a salvação pelas obras:

“Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados” (Romanos 2:13).

e muito menos a perigosa ideia de que o salvo pela graça não precisa obedecer:

“Se me amais, guardai os meus mandamentos. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor” 
(João 14:15;15:10).

Em seus escritos o apóstolo dos gentios sempre se preocupou em que colocar a lei no seu devido lugar: não como o meio de salvação:

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8,9),

mas como sendo o resultado de um coração transformado:

“Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2:10) pela graça de Jesus.

O equilíbrio está em você não crer que é salvo pelas obras ou não acreditar que se encontra livre para pecar.

Para os dois grupos de pessoas que pisam no terreno perigoso (ao estarem em um extremo ou outro) o apóstolo deixa algumas informações:

“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5:1 – mensagem aos legalistas).
“Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei.” (Romanos 3:31 – mensagem aos permissivistas).


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