"Pois
qual de vós querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as
contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? Para que não aconteça que,
depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a
virem comecem a escarnecer dele, dizendo: este homem começou a edificar e não
pôde acabar.” (Lucas 14.28-30).
“Ou
qual é o rei que, indo à guerra a pelejar contra outro rei, não se assenta
primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro do que vem
contra ele com vinte mil? De outra maneira, estando o outro ainda longe, manda
embaixadores, e pede condições de paz. Assim, pois, qualquer de vós, que não
renuncia a tudo a quanto tem, não pode ser meu discípulo." (Lucas
14.31-33).
A primeira destas parábolas trata da necessidade
de avaliar corretamente as suas forças e possibilidades antes de iniciar uma
tarefa que deseja realizar. Nossos inimigos (demônios) frequentemente
instigam-nos a realizar certas tarefas, que superam as nossas forças, para que,
ao deixarmos de obter êxito, cairmos no desânimo, evitando até as tarefas que
correspondem às nossas forças.
A segunda parábola apresentada trata do combate
às dificuldades e riscos, que são inevitavelmente encontradas na realização de
boas obras.
Aqui, para se ter êxito, além do bom senso é necessária também a
abnegação. Eis o motivo de ambas as parábolas estarem relacionadas no Evangelho
pelo ensinamento de carregar a cruz: "Qualquer
que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo"
(Lucas 14.27).
Às vezes, as circunstâncias da vida
podem ser extremamente complexas, dificultando o encontro de uma solução. Neste
caso, devemos pedir inspiração a Deus, com fervor. "Indique-me o caminho
pelo qual devo seguir... ensina-me a cumprir a tua vontade, pois tu és o meu
Deus," — com este pedido, com frequência o rei David buscava a Deus e
obtinha a inspiração.
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