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O purgatório existe?

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purgatório, segundo a doutrina da Igreja Católica Romana, é o estado no qual os fiéis são purificados depois da morte, antes de entrar no céu. Desde que a nossa preocupação é com a doutrina bíblica, observamos que a palavra "purgatório" não se encontra nas Escrituras.

De onde vem, então, essa doutrina? Segundo o Catecismo Católico de John A. Hardon, S.J., a declaração formal da doutrina de purgatório foi feita em 1274, mais de doze séculos depois da morte de Jesus! Uma vez que a doutrina se tornou oficial, foi necessário procurar algum apoio teológico. Hardon cita três trechos bíblicos para defender a idéia de purgatório.

Vamos examinar cada citação:

1. 2 Macabeus 12:41-45. Esse trecho descreve os atos de Judas Macabeus depois de uma batalha contra Górgias. Judas e seus homens oraram pelo pecado dos mortos e mandaram que fosse oferecido um sacrifício por eles em Jerusalém.

Há dois problemas com o uso desse trecho:
a) 2 Macabeus é um dos livros contidos na Bíblia Católica mas rejeitados na maioria de outras bíblias.

b) O pecado citado no trecho (2 Macabeus 12:40) foi idolatria, considerado o motivo da morte deles. Para usar este trecho para apoiar a doutrina de purgatório seria necessário afirmar que esses homens que alegamente morreram por causa da idolatria não morreram na prática de pecado mortal, pois a Igreja Católica ensina que tais pessoas não teriam acesso ao purgatório.
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Mateus 12:32 diz que a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada, nem neste mundo, nem no mundo que há de vir. Hardon conclui, sem prova nenhuma, que esse versículo sugere que outros pecados serão perdoados após a morte.

2. 1 Coríntios 3:13,15 fala de julgamento através de fogo. O fogo serve para provar o valor das obras de cada um. O trecho nada diz sobre um lugar de purificação após a morte.

Segundo Eduardo Joiner, Manual Prático de Teologia, Editora Central Gospel, página 481 a 484:
Além dos dois lugares mencionados na Bíblia como componentes do mundo dos espíritos – o paraíso, ou céu, e a Geena, ou inferno – a Igreja Romana acrescentou outros três:

O limbo das criançinhas, o lugar designado às crianças que morrem sem ser batizadas. Nesse lugar, elas não sofrem, mas a visão de Deus é negada a elas. Ensinam que esse lugar está situado na parte superior do inferno, mas que as chamas não chegam até lá. As crianças que vão para o limbo não sofrem o castigo que padecem os pecadores adultos.

O limbo dos pais, é o lugar em que foram reunidos os patriarcas e santos que morreram antes de Cristo. Ficaram ali sem sofrer, mas também sem a visão de Deus, até que a alma de Jesus desceu, durante os três dias em que o corpo do Senhor repousava no túmulo, e os livrou.

Porém o erro mais extravagante do catolicismo romano quanto ao mundo futuro é a doutrina do purgatório. Segundo os teólogos romanos, se alguém sair desta vida verdadeiramente arrependido, no amor de Deus, mas sem pagar as suas faltas de omissão e comissão com obras de penitência, a sua alma, após a morte, será purificada com as penas do purgatório. Esses castigos, ensinam, podem ser aliviados com o apoio dos vivos, isto é, pelo sacrifício da missa, pelas orações e esmolas e por outras obras piedosas designadas pela Igreja Romana.

A Bíblia claramente afirma que o julgamento vem depois da morte, “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo” (Hebreus 9:27), no qual seremos julgados pelos atos feitos por meio do corpo, “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” (2 Coríntios 5:10).

Jesus ensinou que é impossível ao ímpio escapar dos tormentos para entrar no conforto dos fiéis

“Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá” (Lucas 16:25-26).

É inútil o esforço para encontrar uma base nas Escrituras a favor da doutrina do purgatório. Os católicos também apelam aos escritos dos pais da Igreja e aos concílios para abonar essa doutrina, mas o resultado é o mesmo: a doutrina do purgatório não é consistente com os ensinamentos cristãos.

Devemos nos preparar para o julgamento agora, pois a Bíblia não fala de segundas chances após a morte.

Um comentário:

  1. Está bem claro que a Igreja Católica é a principal representante de satanás, a Bíblia não deixa dúvidas quanto a isso, mas existem muitos que não enxergam e nem querem dar lugar ao Espírito Santo, para lhes abrir o entendimento e ver o quanto essa igreja tem se mostrado que ela é um instrumento forte nas mão do diabo. Quanta heresia essa igreja tem criado para enganar as pessoas. Se existisse mesmo o tal purgatório, as pessoas não precisariam de Jesus nem do seu perdão, pois cada um pagaria por seus pecados no tal lugar que essa organização diabólica o chama de purgatório.

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