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PARÁBOLA DOS DOIS ALICERCES

"Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda." (Mateus 7.24-27).

Esse ensinamento de Jesus é muito atual, porque estamos em um momento no Brasil em que nunca houve tantas Igrejas. Então o problema não é que as pessoas não estão ouvindo a Palavra, o problema é que, como o insensato da parábola, muita gente não está praticando ou obedecendo aos fundamentos de vida ensinados por Jesus. E Jesus diz que se comportar desse modo é pura insensatez, porque embora ambos tenham construído uma casa, e é possível até que a casa do Insensato fosse aparentemente até mais bonita, o teste viria de fato na hora da tempestade, da adversidade!

Jesus usa aqui uma ilustração que também pode ser encontrada nos escritos dos judeus. Essa ilustração poderia ter sido muito instrutiva para uma audiência oriental, afeita às —tempestades características — da região: violentas, repentinas, que às vezes provocavam grande destruição. Chuva no telhado, um rio nos alicerces, vento nas janelas, exigiam uma construção firme, com bons alicerces.

“Ouve estas minhas palavras”. Jesus faz aqui a aplicação do sermão. Provavelmente Jesus usou essas palavras em outras circunstâncias, noutros sermões, para mostrar a necessidade que o povo tinha de receber o Cristo do reino. Diversos indícios mostram que Ele não se referiu só ao reino literal, sobre a terra, o reino político, mas também aludiu ao reino dos céus, à salvação, ao destino dos seres humanos. Para que alguém alcance esse destino e o reino dos céus, os lugares celestiais, é mister que ouça e pratique as palavras do Rei.

“Ouve... pratica”. Esses dois aspectos sempre andam juntos (ver Tiago 1.22-25). Nesse ponto é que falhavam os falsos profetas. É o que os discípulos falsos apenas fingiam fazer. E é isso que os discípulos autênticos devem fazer.

“Homem prudente”. O homem sem bom senso se deixaria impressionar pelo terreno nivelado, sem rochas, que não precisasse de preparo, como se já estivesse pronto para receber a construção. Mas a areia é traiçoeira. Em contraste, o prudente pensaria no futuro, nos ventos, nas inundações. Escolheria terreno pedregoso, apesar de tal terreno requerer muito preparo e trabalho, para que a casa começasse a ser edificada. Este homem prudente simboliza os que ouvem e praticam os ensinos de Jesus. Não faltariam a tal homem as tempestades e os períodos de dificuldade, mas no fim o resultado justificaria sua decisão na escolha do terreno. Esse é o homem que considera bem o ensino, aprende-o e torna-o regra de vida.

“Sua casa”. Não visava a ostentação, mas tinha por finalidade ficar firme, em meio às tempestades. A casa é o símbolo da vida. A vida deve ser edificada com bom senso, considerando o futuro, e não apenas o presente, de acordo com os princípios ditados por aquele que dá a vida e a sustenta. A vida física deve ser usada para obter e desenvolver a vida eterna.


“rocha”. Provavelmente Jesus se refere a si mesmo e aos seus discípulos verdadeiros. A alusão é à terra rochosa, pedregosa, que serve de bom alicerce para as edificações. Mas, na aplicação simbólica dessas palavras, não há que duvidar que Jesus falou de si mesmo. Jesus é quem tem as palavras da vida eterna, porquanto ele é o pioneiro e o consumador da fé, o caminho e a vida. Portanto, Ele é a rocha.

(v. 7.25)  E desceu a chuva, correram as torrentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa; contudo não caiu, porque estava fundada sobre a rocha.

“Ventos, chuvas, rios”, isto é, turbulência por cima, ao redor e por baixo dos alicerces. Diversos intérpretes fazem desses símbolos de turbulência, comparações com as tentações, com as perseguições, com as heresias na igreja, etc. Outros ensinam que estão subentendidas três provas diversas, como: 1. Chuva: as aflições temporais; 2. rio: as provas que resultam do maltrato por parte de outros homens; 3. vento: as tentações e as provas que se originam em Satanás ou nos demônios. Provavelmente Jesus falou em termos gerais, que incluem essas ideias, mas sem fazer referência exata ou intencional a essas coisas.

“não caiu”. Os pais da igreja aplicavam essas palavras, à própria igreja, como edifício de Cristo, e nisso encontravam o cumprimento de suas palavras: “Edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16.18). Isso é verdade, sendo possível que esteja subentendido nas palavras de Jesus, mas a principal interpretação é a da vida individual. As pessoas que realmente têm a Cristo como fundamento e edificam uma vida de discipulado autêntico sobre ele, alcançarão o destino desta vida.

(v. 7.26)  Mas todo aquele que ouve estas minhas palavras, e não as põe em prática, será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.

“Ouve... não pratica... casa sobre a areia”. Nota-se que realmente a ideia principal não é a de dois fundamentos, porque a areia não é fundamento. Aquele que edifica sobre a areia não tem alicerce algum; ignora essa necessidade. A experiência humana mostra que muitos se alicerçam em coisas sem a aprovação de Deus, e muitos outros não têm base de espécie alguma. Ambos os tipos ignoram a maior necessidade, o alicerce na rocha.


14 comentários:

  1. Belo estudo, muito obrigada pela mensagem tao edificante!

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  6. -Muito bom! estar firmado na Rocha é entender a afirmação de Paulo, '' Quem nos separará do amor de Cristo....''.

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  7. Bom o estudo. Emtendi jesus e nossa Rocha e temos que está firmado na rocha para cuando. Vier a tempestade nossas estrutura não. Abala pois estamos firmado na rocha .

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  8. Muito edificante o contexto. Pois precisamos estar firmados na rocha q é Jesus Cristo.

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