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PARÁBOLA DA SEMENTE

"E dizia: O reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra. E dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como. Porque a terra por si mesma frutifica, primeiro a erva, depois a espiga, por último o grão cheio na espiga. E, quando já o fruto se mostra, mete-se-lhe logo a foice, porque está chegada a ceifa." (Marcos 4.26-29).

Esta parábola, registrada apenas por Marcos, não tem o objetivo de enfatizar o trabalho do homem que semeia, ou o desenvolvimento da semente, e nem a força da terra que faz a semente produzir. Ela é uma alegoria que se resume num tema que pode ser chamado de “paciência para esperar”. O crescimento espiritual é semelhante ao desenvolvimento de uma planta, um processo contínuo e gradual, que termina com a colheita da maturidade espiritual.

É impossível criar condições para que a semente cubra rapidamente o ciclo agrícola, desde o plantio até a produção, para se chegar rapidamente à colheita. O natural é que ela se desenvolve sem explicação, até alcançar o propósito para o qual ela foi criada e plantada. É Deus quem conduz a realização desse propósito, e nenhum homem tem poder de determinar a consumação do mesmo. Isto está nas mãos de Deus. Ao homem cabe esperar com paciência. 

Os versos 26 e 27 falam alegoricamente que a semente do reino foi lançada, havia muito tempo, e que gerações se passaram enquanto a semente germinava e crescia, sem que o homem soubesse como isto acontecia. Esta semente do reino foi lançada em Israel pelos profetas de Deus, mas o seu desenvolvimento era misteriosamente guardado para ser revelado por Jesus e seus santos apóstolos e profetas (Efésios 3.4,5) que continuaram na colheita iniciada por Jesus (João 4.37,38).

Os versos 28 e 29 comparam o poder de Deus que faz crescer o seu reino com a força da terra que faz desenvolver a planta em todos os seus estágios, até chegar ao grão amadurecido, pronto para a colheita.



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