Mansidão não é apenas o caráter de uma pessoa calma, que não se exaspera com facilidade. Mansidão é mais do que isso. É a atitude de conformidade com certa autoridade e domínio sendo exercido em sua vida. Mansidão envolve humildade, mas vai além da humildade. Envolve submissão, a autoridade de alguém.
O Salmo 2 fala da rebeldia das autoridades da terra contra o Ungido do Senhor. Deus decretou o reinado do Seu Ungido, o Cristo. As nações se inquietam, pois não aceitam a autoridade do Ungido (v.3).
Deus está no “seu trono nos céus” rindo e caçoando dessa atitude insana, mas é assim que nos parecemos quando nos rebelamos contra o senhorio de Cristo nas mínimas coisas. Mortificando a arrogância e ressuscitando em mansidão:Os 4 passos para vencer a arrogância e ter mansidão
1. Avalie se você tem sido arrogante (Salmo 2:1-3)
O texto apresenta um diagnóstico dos homens que são arrogantes contra Deus.
- Eles se amotinam e tramam. Conspiram contra o Senhor.
- Eles interpretam a autoridade de Deus como uma prisão.
- Eles se propõem a quebrar e lançar de si a autoridade do Senhor.
Não se apresse em negar sua arrogância, pois, mesmo que não seja abertamente, em seu coração você pode ter tais atitudes.
Alguns exemplos de quando agimos com arrogância e não com mansidão
Você já teve medo de orar por algum assunto o entregando totalmente nas mãos do Senhor?
Sabe aquele receio de que Deus pode conduzir esse pedido em uma direção contrária a que você deseja e por isso você tem dificuldades de abrir mão? Isso é arrogância.
Você se ira quando pessoas pecam contra você, ou fica descontente quando não tem o que gostaria de ter? Sabe aquele sentimento de que outras pessoas são mais felizes do que eu e talvez Deus as ame mais do que a mim, pois elas não estão passando pelo que eu estou, ou por possuírem as coisas que eu gostaria de possuir? Então, isso é arrogância!
Você já leu alguma ordenança do Senhor nas Escrituras e não quis obedecê-la, talvez até tenha tentado encontrar justificativas como, “isso é cultural”, ou “hoje as coisas são diferentes”. Sabe aquela atitude de reduzir a autoridade, veracidade ou confiabilidade das Escrituras por meio de uma “conspiração” fria e interna negando que a Palavra do Senhor dura para sempre? Pois é, isso é arrogância.
Você já se pegou em uma situação em que sabe qual a decisão certa a se tomar diante da Palavra de Deus, mas você acredita que sairá perdendo se obedecê-la? Aquele sentimento de que a Palavra de Deus é boa, mas nessa situação, ou nessa oportunidade, desobedecê-la será mais eficiente ou vantajoso? Indiscutivelmente, isso é arrogância!
Esses foram apenas alguns exemplos para revelar que nas mínimas coisas nós podemos ser arrogantes, e consequentemente não ser mansos, contra o Senhor.
A mansidão, reconhecendo a autoridade e bondade do Senhor, aceita as situações, mesmo que difíceis e entristecedoras, por crer que Deus está envolvido até nos sofrimentos, mas que seus planos e pensamentos são mais altos dos que os nossos. (Isaías 55:8,9)
2. Entenda como sua arrogância afeta o Senhor e como Ele age diante disso (Salmo 2:4-6)
O texto revela como Deus “se sente” diante de nossa arrogância.
- Ele permanece assentado em seu sublime trono celeste.
- Ele ri e caçoa dos arrogantes.
- Em sua ira repreende e aterroriza ao demonstrar que os seus decretos acontecerão apesar de nossa arrogância.
Já pensou ou até ouviu alguém dizer que Deus fica “magoadinho” quando o homem não faz a vontade Dele? É normal acontecer esse sentimento, pois a criatura tem o péssimo hábito de reduzir o Criador ao
patamar de criatura, mas essa está longe de ser a verdade.
Deus “põe-se a rir e caçoa” dos arrogantes. Nossa rebeldia não tem poder de fazer Deus sangrar! Nós reduzimos a Deus (diante dos homens, pois homem algum pode reduzir a Deus em essência) quando O vemos “choroso” nos céus porque suas criaturas não o obedecem.
Nossa arrogância não diminui a autoridade de Deus. Ele continua no “seu trono nos céus” e repreende a criatura relembrando-a de seu Poder.
Nossa arrogância não fere o Senhor nem o deixa melindroso conosco. Ele “põe-se a rir” diante de nossa atitude insana. Nossa arrogância não faz com que Deus mude seus planos e decretos. Deus não vai deixar de executar a vontade Dele porque eu ou você ficaremos desgostosos.
Pare de tentar controlar o Senhor e passe a se submeter ao controle dele!
3. Aceite a porção designada a você (Salmo 2:7-9)
O texto mostra que Deus estabelece quem Ele quer com a autoridade, poder, honra e posses que Ele quiser.
Nesses versos o personagem é o Cristo. Evidentemente fala de uma pessoa específica e única. Mas olhando do ponto de vista dos arrogantes, eles se amotinam contra o Ungido, pois querem o poder, honra e autoridade que Deus conferiu a Ele.
Esta é a raiz do problema; não aceitar a porção designada por Deus. Queremos ser e ter mais e nos revoltamos contra o Criador por nos fazer ou dar menos do que julgamos merecer.
4. Se coloque no seu lugar! (Salmo 2:10-12)
O texto mostra qual deve ser a atitude daqueles que têm sido arrogantes contra o Senhor.
- Ser prudente e aceitar a advertência.
- Adorar o Senhor com tremor e exultar com tremor.
- Beijar o Filho.
Seja prudente! Prudência é evitar o perigo. E aqueles que estão agindo arrogantemente contra Deus realmente estão em grande perigo, pois estão se revoltando contra o Senhor de toda a terra.
Aceite a advertência de Deus. Se você se percebeu sendo arrogante contra o senhorio de Cristo em sua vida, interrompa agora mesmo sua leitura, se arrependa e confesse seu pecado ao Senhor.
Se coloque em seu lugar. O lugar da criatura é adorando ao Senhor com temo e se alegrando nele com tremor. Isso quer dizer que nossa adoração a Deus deve ser em reverência, reconhecendo seu caráter e sua autoridade, também devemos exultar, ou seja, ter uma alegria que nos leva ao júbilo diante de quem Deus é.
Nós somos acostumados a encontrar alegria na realização de nossas próprias vontades, mas o Salmo 2 nos chama a encontrar essa alegria profunda na reverência a Deus.
Isso nos ensina que apesar de não termos o que queremos ou de experimentarmos o que não gostaríamos, ainda dever exultar no caráter do nosso Deus, reconhecendo nosso lugar de criaturas.
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