Hino de louvor
Ó Criador, nosso Criador,
quão excelente é teu nome em toda a terra! Que estabeleceste a tua glória sobre
os céus. (Salmo 8:1)
Este hino de louvor é
identificado mais especificamente como um hino de criação (junto com o Sl
19:1-6), (Sl 33 e
Sl 104) porque focaliza a terra e
os céus, termos que descrevem a
criação como um todo (Gn 1:1), (Êx 20:11), (Ne 9:6).
Glória, sinônimo de “honra” e “majestade”, e nome, que indica a pessoa, e não apenas o título, são paralelos; estes termos demonstram que Deus e Sua glória enchem toda a criação.
Esta linguagem diferencia
Deus de Sua criação (Ele é transcendente), mas mostra também que Ele está
presente nela (Deus é imanente).
Da
boca dos bebês
Da boca dos bebês e das
crianças de peito, tu ordenaste a força por causa dos teus inimigos, para que
pudesses parar o inimigo e o vingador. (Salmo 8:2)
Até os seres humanos mais
fracos, com sua fala às vezes inarticulada (boca), servem de firme testemunho (força) da glória de Deus e fazem parar o inimigo e o vingador.
De acordo com Jesus, as
crianças e sua
fé simples são o que melhor representa o reino de Deus (Mt 18:4). Paulo também construiu um argumento semelhante ao
descrever Deus usando a fraqueza e a loucura para “envergonhar os sábios” deste
mundo (1Co 1:26-29)
Filho do homem
Quando considero os teus
céus, o trabalho dos teus dedos, a lua e as estrelas que tu ordenaste; O que é
o homem, para que sejas cuidadoso com ele? E o filho do homem, para que o
visites? (Salmo 8:3-4)
A vastidão da criação é
contrastada com a pequenez e insignificância do homem. Isso está em forma de
pergunta: Como é possível Deus Se “importar” e Se “preocupar” com as pessoas
(ambas as palavras significam “prestar atenção em cuidar de”)?
Isto nos deixa perplexos à
luz da diferença entre o tamanho e extensão do cosmos e a relativa
insignificância da humanidade.
Os termos “homem” e filho do
homem são paralelos e usados para descrever a humanidade como um todo reunido
(Sl 146:3), (Nm 23:19), (Is 51:12).
A
resposta para a pergunta do v. 4
Porque o fizeste por um
pouco, menor do que os anjos, e o coroaste com glória e honra. Tu fizeste com
que ele tivesse domínio sobre as obras de tuas mãos; tu puseste todas as coisas
debaixo de seus pés: Toda as ovelhas e bois, sim, e os animais do campo; As
aves do ar, e os peixes do mar, e tudo o que passa pelas veredas dos mares. (Salmo
8:5-8)
A resposta para a pergunta
surpreendente do v.4 se encontra nestes versículos, que basicamente são um
comentário acerca de Gn 1:26-28.
Embora a percepção seja que
os seres humanos são insignificantes no imenso sistema das coisas, a realidade
se encontra no propósito de Deus ao criar a humanidade.
A palavra traduzida como
anjos (Heb. ‘elohim) está no plural aqui, podendo ser entendida como
“deuses” ou “seres celestiais”, em vez de seu sentido plural comum de
“majestade”, enfatizando a grandeza de Deus.
Desta forma, a LXX, citada
em Hb 2:7, traduz a palavra como “anjos”. Mesmo que a referência seja
diferente, o ponto é o mesmo nos dois casos: por causa do propósito que Deus
tem para eles, os homens estão mais próximos de Deus e dos anjos em sua função
do que dos animais.
Fomos feitos senhores sobre
a criação, o que expressa a função da humanidade de dominar (Gn 1:26). A figura
do domínio do Rei de Deus, Jesus Cristo (o segundo Adão), sobre Seu reino (Ef 1:22), (Hb 2:8).
Quão
excelente é o teu nome
O Criador, nosso Pai, quão
excelente é o teu nome em toda a terra! (Salmo
8:9)
O salmo termina como
começou, formando um inclusio (basicamente um “suporte para livros”) para
seu conteúdo.
Fonte:
estudobiblicoonline.com
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