O evangelho segundo Marcos

O livro de Marcos é o menor dos quatro registros do evangelho no Novo Testamento, e é um excelente ponto de partida para conhecer a história de Jesus Cristo. Marcos se destaca entre os evangelhos por ser breve, objetivo e focado nos atos de Jesus mais do que nas suas palavras. Este livro inclui várias das parábolas e outros ensinamentos do Senhor, mas enfatiza os milagres realizados e a maneira que ele se conduzia no meio do povo.


O Novo Testamento relata algumas informações sobre João Marcos, reconhecido desde antiguidade como o autor deste livro. Ele era filho de uma mulher chamada Maria, dona de uma casa espaçosa em Jerusalém onde cristãos se reuniam (Atos 12:12). O primo de Marcos, Barnabé (Colossenses 4:10), era um dos pregadores mais influentes no trabalho relatado no livro de Atos. Barnabé foi o apelido deste homem, que ele recebeu pelas suas atitudes de exortar e animar os irmãos (Atos 4:36). Quando Barnabé e Paulo partiram na sua viagem missionária, levaram João Marcos como auxiliar (Atos 13:1-6). Ele acompanhou o trabalho em Chipre, mas desistiu quando a viagem ficou mais difícil (Atos 13:13). Por este motivo, Paulo recusou levar Marcos na sua segunda viagem. Ele achou melhor levar para a Ásia e Europa um outro colaborador, Silas, enquanto Barnabé e Marcos voltassem para reforçar o trabalho feito na ilha de Chipre (Atos 15:36-41).

O Evangelho segundo Mateus

O primeiro livro do Novo Testamento é um dos quatro registros da vida de Jesus conhecido como os evangelhos. Mateus escreveu principalmente para mostrar aos judeus que Jesus é o Messias das profecias do Antigo Testamento, mas o livro é valioso para todos – judeus e outros – para conhecer o Filho de Deus e seu trabalho importante aqui na terra.

Mateus, conhecido também como Levi, foi um dos apóstolos de Jesus. Ele acompanhou o Senhor durante seu ministério e, depois, escreveu sobre a vida e o ensinamento de seu Mestre. Mateus, como Lucas, traça a história desde o nascimento de Jesus, mas dedica quase todo o livro à vida adulta, especificamente ao período do ministério do Senhor nos últimos três anos da sua vida.


O livro de Mateus cita dezenas de profecias do Antigo Testamento, frequentemente ligando estas profecias aos atos e às palavras de Jesus. Mais de 12 vezes, o livro fala especificamente sobre os acontecimentos como cumprimento de profecias do Velho Testamento. Estas citações são importantes para defender a posição de Jesus como o Messias, o Ungido prometido ao longo dos séculos anteriores.

O Novo Testamento

Enquanto o Antigo Testamento reúne livros escritos ao longo de mais de 1.000 anos que contam a história do povo de Deus desde a antiguidade, o Novo Testamento se limita aos eventos de apenas um século, e todos os seus livros foram escritos até o fim do primeiro século d.C. Esses fatos facilitam o nosso estudo, porque a história do Novo Testamento é bem menos complexo em comparação com o Velho Testamento.

Os primeiros quatro livros, Mateus, Marcos, Lucas e João, são biografias de Jesus Cristo. Mateus e Lucas começam com a infância de Jesus. Marcos pula os primeiros 30 anos e focaliza o ministério de Jesus, que provavelmente durou um pouco mais de três anos. João, também, enfatiza o ministério de Jesus, mas inicia com o papel de Jesus na criação do universo para iniciar sua defesa da sua divindade.


Para completar a parte principal da história do Novo Testamento, precisamos de mais um livro, os Atos dos Apóstolos, comumente conhecido apenas como Atos. Este registro começa onde os evangelhos terminam e conta a história da igreja primitiva durante suas primeiras três décadas. O autor deste livro, Lucas, apresentou fatos importantes do início da igreja acompanhando o trabalho de dois dos apóstolos, Pedro e Paulo.

Os outros 22 livros foram escritos por apóstolos e outros servos do Senhor do primeiro século, e servem para guiar o nosso serviço a Deus.

Paulo, um homem que perseguia a igreja antes da sua conversão a Cristo, se tornou um dos mais influentes dos apóstolos e escreveu 13 destas epístolas. As cartas dele normalmente tratam de questões doutrinárias, muitas vezes corrigindo distorções que já surgiam naquela época. Entre os assuntos que Paulo abordou estão a relação da graça e fé em Cristo com a lei do Antigo Testamento, o perigo da idolatria e da imoralidade, a ameaça de filosofias humanas, a importância da ressurreição de Jesus, os princípios que servem como base da comunhão entre homens e Deus e da comunhão entre servos de Deus. Nas suas epístolas, Paulo também tratava de questões práticas, como relacionamentos familiares e profissionais, a conduta do cristão em relação ao governo e, especialmente, o comportamento correto da igreja. Ele falou da organização das igrejas locais, do louvor a Deus, de como arrecadar e utilizar os recursos financeiros e da importância de sempre agir conforme a palavra revelada pelo Senhor nas Escrituras.

Os outros nove livros foram escritos por mais cinco autores. O apóstolo Pedro escreveu duas epístolas, frisando alguns temas parecidos com os escritos de Paulo. Tiago e Judas (provavelmente dois dos irmãos de Jesus) escreveram pequenas mas importantes cartas. João, o mesmo apóstolo que escreveu o quarto evangelho, também foi o autor de mais três pequenas epístolas e do livro do Apocalipse, uma mensagem cheia de figuras fortes para mostrar que Deus não esquece do seu povo aqui na terra. Não sabemos quem escreveu Hebreus, uma rica afirmação da superioridade de Jesus e de sua revelação aos homens.

O Novo Testamento encerra a revelação da palavra de Deus ao homem! 

Homens na Bíblia ficaram conhecidos por causa de seus traços físicos

Você sabia que alguns homens na Bíblia ficaram conhecidos por causa de seus traços físicos? Aqui está uma lista de personagens bíblicos e sua característica física.

Naamã – “leproso” (2 Rs 5:1)

E Naamã, capitão do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu senhor, e de muito respeito; porque por ele o SENHOR dera livramento aos sírios; e era este homem herói valoroso, porém leproso.

Mefibosete – “deficiente físico” (2 Sm 9:3)

E disse o rei: Não há ainda alguém da casa de Saul para que eu use com ele da benevolência de Deus? Então disse Ziba ao rei: Ainda há um filho de Jônatas, aleijado de ambos os pés.

Bartimeu – “cego” (Mc 10:46)

Depois, foram para Jericó. E, saindo ele de Jericó com seus discípulos e uma grande multidão, Bartimeu, o cego, filho de Timeu, estava assentado junto do caminho, mendigando.

Golias – grande estatura (1 Sm 17:23)

E, estando ele ainda falando com eles, eis que vinha subindo do exército dos filisteus o homem guerreiro, cujo nome era Golias, o filisteu de Gate; e falou conforme àquelas palavras, e Davi as ouviu.

Zaqueu – pequena estatura (Lc 19:3)

E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura.

Eglom – “gordo” (Jz 3:17)

E levou aquele presente a Eglom, rei dos moabitas; e era Eglom homem muito gordo.

Eúde – “canhoto” (Jz 3:15)

Então os filhos de Israel clamaram ao SENHOR, e o SENHOR lhes levantou um libertador, a Eúde, filho de Gera, filho de Jemim, homem canhoto. E os filhos de Israel enviaram pela sua mão um presente a Eglom, rei dos moabitas.

Absalão- “cabeleira” (2 Sm 14:26)

E, quando tosquiava a sua cabeça (e sucedia que no fim de cada ano a tosquiava, porquanto muito lhe pesava, e por isso a tosquiava), pesava o cabelo da sua cabeça duzentos siclos, segundo o peso real.

Esaú- “peludo” (Gn 25:25)

E saiu o primeiro ruivo e todo como um vestido de pêlo; por isso chamaram o seu nome Esaú.

Sansão – força física (Jz 16:30)

E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela havia; e foram mais os mortos que matou na sua morte do que os que matara em sua vida.

Animais mais citados na Bíblia

O animal mais citado na Bíblia é a ovelha que aparece cerca de 200 vezes. Veja os animais mais mencionados:

Qual o Animal mais Citado na Bíblia? 

1. A ovelha aparece cerca de 200 vezes na Bíblia.

2. O cordeiro aparece cerca de 188 vezes na Bíblia.

3. O boi aparece cerca de 150 vezes na Bíblia.

4. O leão aparece cerca de 120 vezes na Bíblia.

5. O jumento aparece cerca de 112 vezes na Bíblia.

6. A águia aparece cerca de 30 vezes na Bíblia.

7. O cavalo aparece cerca de 160 vezes na Bíblia.

8. O bode aparece cerca de 90 vezes na Bíblia.

9. A serpente aparece cerca de 40 vezes na Bíblia.

Esses são, portanto, os animais mais mencionados na Bíblia.

Jesus e os Salmos

Os Salmos são uma coleção de cânticos e orações poéticas encontradas no Antigo Testamento da Bíblia. Esses textos são uma fonte rica de consolo, orientação e adoração para o povo de Deus em todas as épocas. Durante seu ministério terreno, Jesus frequentemente citou os Salmos em seus ensinamentos e discursos. Se você quer saber os Salmos citados por Jesus, então fique comigo e confira tudo neste artigo!

Jesus cita o Antigo Testamento?

Sim, Jesus cita frequentemente o Antigo Testamento em seus ensinamentos e discursos. Ele usa as Escrituras para provar que suas ações e palavras foram previstas pelos profetas e para explicar a natureza de seu ministério.


Além disso, Jesus usa as Escrituras para ensinar e encorajar seus seguidores a viver de acordo com a vontade de Deus. Em várias ocasiões, ele cita os Salmos, os Profetas e a Lei de Moisés para explicar a importância do amor a Deus e ao próximo, a necessidade de arrependimento e a chegada do Reino de Deus.

Em resumo, o Antigo Testamento era uma parte integral do ensinamento de Jesus e da sua mensagem, inclusive os Salmos.

Importância dos Salmos nos tempos de Jesus

Os Salmos tinham uma importância central para as pessoas nos tempos de Jesus. Eles eram parte fundamental da liturgia judaica e eram recitados nas sinagogas e no Templo durante as orações diárias e festivais religiosos.

Salmo 8

 Hino de louvor

Ó Criador, nosso Criador, quão excelente é teu nome em toda a terra! Que estabeleceste a tua glória sobre os céus. (Salmo 8:1)

Este hino de louvor é identificado mais especificamente como um hino de criação (junto com o Sl 19:1-6), (Sl 33 e Sl 104) porque focaliza a terra e os céus, termos que descrevem a criação como um todo (Gn 1:1), (Êx 20:11), (Ne 9:6).


Glória, sinônimo de “honra” e “majestade”, e nome, que indica a pessoa, e não apenas o título, são paralelos; estes termos demonstram que Deus e Sua glória enchem toda a criação.

Esta linguagem diferencia Deus de Sua criação (Ele é transcendente), mas mostra também que Ele está presente nela (Deus é imanente).

Da boca dos bebês

Da boca dos bebês e das crianças de peito, tu ordenaste a força por causa dos teus inimigos, para que pudesses parar o inimigo e o vingador. (Salmo 8:2)

Até os seres humanos mais fracos, com sua fala às vezes inarticulada (boca), servem de firme testemunho (força) da glória de Deus e fazem parar o inimigo e o vingador.

De acordo com Jesus, as crianças e sua fé simples são o que melhor representa o reino de Deus (Mt 18:4). Paulo também construiu um argumento semelhante ao descrever Deus usando a fraqueza e a loucura para “envergonhar os sábios” deste mundo (1Co 1:26-29)

Salmo 7

No Salmo 7 nós aprendemos que a oração ajuda a superar a dor e nos aproxima do amor de Deus. Este salmo fala sobre como Deus defende a justiça e se defende contra os homens maus que o acusam injustamente.

Foi escrito pelo Rei Davi. Seu título indica que esse hino é o clamor de Davi a Deus, e é sobre os benjamins chamado Coche. É difícil determinar quem é essa pessoa e quando ela acusou Davi falsamente.

Alguns estudiosos acreditam que talvez ele tenha sido um dos informantes do rei Saul quando quis matar Davi (cf. Samuel 22-26). Essa possibilidade coincide com o fato de Saul também ser benjaminista.

Outra possibilidade é que na época da rebelião de Absalão, Kux era um dos inimigos de Davi na tribo de Benjamim.

De qualquer forma, o que realmente se sabe é que Coxi espalhou terríveis mentiras sobre Davi, fazendo com que Davi clame ao Senhor para salvá-lo e defendê-lo.

Confiança em Deus

Ó Altíssimo meu Deus, em ti eu ponho a minha confiança; salva-me de todos aqueles que me perseguem, e livra-me; Para que ele não rasgue a minha alma como um leão, dilacerando-a em pedaços, enquanto não há ninguém para me livrar. (Salmo 7:1-2)


O uso da palavra todos aqueles que me perseguem para descrever inimigos indica que o salmista era um homem procurado.

Ele compara seus perseguidores coletivamente a leões que dilaceram e despedaçam suas presas. Esta é uma descrição animal muito usada para inimigos nos salmos.

Os leões espreitam em lugares ocultos a fim de atacar suas presas (Sl 10:9), (Sl 17:12), sua boca e dentes são ameaçadores (Sl 58:6) e seu rugido também (Sl 22:13).

No novo testamento, a mesma figura de um leão rugindo é usada para Satanás, o maior inimigo do cristão (1Pe 5:8).

Salmo 6

Em Salmo 6 é registrado o luto pessoal do Rei Davi. Ele revela como o salmista pediu misericórdia ao Senhor durante um período de extrema dor e sofrimento. No momento de dor, Davi expressou sua total confiança em Deus.

O título do Salmo 6 também traz uma instrução musical: “Ao mestre do canto, com instrumentos de oito cordas”.

Naquele momento, Davi gritou para Deus. Peça ajuda. Ele perguntou ao Senhor: “Por quanto tempo?” O rei (ou mais precisamente, o servo) implorou a Deus que o curasse porque ele estava dominado pela dor.

O Salmo termina assim: Deus aceitou minha oração “. Servimos a um Deus que nos ouve. Um Deus que muda as circunstâncias. Deus cura nossa dor e eleva nossas almas.

Não me castigue, ó Altíssimo

Ó Criador, não me repreenda na tua ira, nem me castigue no teu furor. (Salmo 6:1)


A combinação de castigue… repreenda com ira… ardente descontentamento indica que o salmista pensava haver algum pecado por trás de seu sofrimento, embora o pecado não seja especificado.

A ligação entre pecado e sofrimento é um tema comum nos salmos de lamentação; ela faz parte do pensamento de pessoas que sofrem mesmo quando não há um pecado específico em mente; os termos relacionados à ira de Deus são uma maneira de expressar este pensamento (Sl 38:1), (Sl 118:18).

A abertura deste salmo fez com que os pais da igreja primitiva o incluíssem entre os sete salmos penitenciais (Sl 6:), (Sl 32), (Sl 38), (Sl 51), (Sl 102), (Sl 130), (Sl 143).

Salmo 5

O autor do Salmo 5 é o Rei Davi. Como todos sabemos, este hino parecia muito triste na hora da morte, onde o autor do salmo foi atacado pelas palavras astutas do inimigo.

Falando com Deus

Dá ouvidos às minhas palavras, ó Criador, considera a minha meditação. Escuta a voz do meu clamor, meu Rei e meu Deus, porque a ti orarei. (Salmo 5:1-2)

O termo em hebraico hgh está relacionado a palavra meditar. A Bíblia BKJ Fiel traduz como “considera a minha meditação”; conteúdo, visto que o sentido básico da palavra é “murmurar”, parece melhor entendê-la neste contexto como um sussurro (semelhante a um gemido), feito em um momento de profunda tristeza.

O Criador também é chamado de Rei (Sl 44:4), (Sl 68:24), (Sl 74:12), (Sl 84:3), o que indica confiança em Sua soberania e em Seu poder para atender esta oração.

Oração

Minha voz tu ouvirás de manhã, Ó Altíssimo; pela manhã direcionarei minha oração a ti, e olharei para cima. (Salmo 5:3)

A expressão de manhã é repetida. Ela indica a hora da oração, que era no início da manhã (Sl 88:13). Direcionarei minha oração significa literalmente “preparo (ou coloco em ordem)”.

O significado poderia ser “preparar um sacrifício”, mas não há outra indicação de uma oferta de sacrifício. Pelo contrário, é mais provável que fosse um preparo das palavras (Jó 32:14) para o pedido de vindicação.

O Eterno odeia a iniquidade

Porque tu não és um Deus que tenha prazer na perversidade, nem o mal habitará contigo. Os tolos não ficarão à tua vista; tu odeias a todos os trabalhadores da iniquidade. (Salmo 5:4-5)

O termo tenha prazer é a mesma palavra usada em Sl 1:2, mas aqui está na negativa. O Criador não tem interesse na perversidade e ela sequer pode existir em Sua presença.

Os arrogantes, aqueles que praticam o mal, os mentirosos e os violentos (v. 6) estão todos inclusos na explicação de o mal habitará com Deus.

A palavra “habitar” é o mesmo termo usado em Sl 2:2 para descrever aqueles que “tomam conselhos” contra o Altíssimo. Não há conflito entre estes ímpios e Soberano; eles não podem se aproximar do Pai a fim de atacá-lo.

Salmo 3

Quando Absalão, filho de Davi, chamou adversários de seu pai e tentou tomar o trono em Jerusalém, o rei de Israel saiu da sua cidade chorando, andando descalço e com a cabeça coberta (2 Samuel 15:30). No caminho, ele recebeu notícias de traição e encarou sujeitos que amaldiçoaram seu rei. Foi, sem dúvida, um dos piores dias da vida de Davi. As palavras do Salmo 3 transmitem alguns dos seus pensamentos nesses momentos difíceis. 

Depois de ouvir sobre vários casos de traição, Davi levantou os olhos para Deus e disse: “SENHOR, como tem crescido o número dos meus adversários! São numerosos os que se levantam contra mim. São muitos os que dizem de mim: Não há em Deus salvação para ele” (versos 1 e 2). Davi inicia o Salmo com uma avaliação válida da sua situação, frisando dois fatos: (1) Ele foi confrontado por numerosos adversários. (2) Os adversários tentaram desanimar o rei com suas expressões de incredulidade, dizendo que Deus não o salvaria. O resto do Salmo demonstra a rejeição, por Davi, dessa conclusão dos seus inimigos. Ele confiou plenamente em Deus, e não duvidou da fidelidade dele para com o ungido rei de Israel.


Davi continua: “Porém tu, SENHOR, és o meu escudo, és a minha glória e o que exaltas a minha cabeça” (verso 3). Davi sabia das promessas de Deus. Ele sabia que foi escolhido para governar (1 Samuel 16:12-13) e que seu reinado terminaria em paz, não em derrota (2 Samuel 7:11). Davi entendeu que Absalão e todos os seus co-conspiradores não tinham força suficiente para frustrar os planos de Deus. A questão não era apenas a sobrevivência de um homem, mas o cumprimento do plano do Senhor.

Salmo 2

Mansidão não é apenas o caráter de uma pessoa calma, que não se exaspera com facilidade. Mansidão é mais do que isso. É a atitude de conformidade com certa autoridade e domínio sendo exercido em sua vida. Mansidão envolve humildade, mas vai além da humildade. Envolve submissão, a autoridade de alguém.

O Salmo 2 fala da rebeldia das autoridades da terra contra o Ungido do Senhor. Deus decretou o reinado do Seu Ungido, o Cristo. As nações se inquietam, pois não aceitam a autoridade do Ungido (v.3).

Deus está no “seu trono nos céus” rindo e caçoando dessa atitude insana, mas é assim que nos parecemos quando nos rebelamos contra o senhorio de Cristo nas mínimas coisas. Mortificando a arrogância e ressuscitando em mansidão:

Os 4 passos para vencer a arrogância e ter mansidão

1. Avalie se você tem sido arrogante (Salmo 2:1-3)

O texto apresenta um diagnóstico dos homens que são arrogantes contra Deus. 

  • Eles se amotinam e tramam. Conspiram contra o Senhor.
  • Eles interpretam a autoridade de Deus como uma prisão.
  • Eles se propõem a quebrar e lançar de si a autoridade do Senhor.

Salmo 1

O Salmo 1 podemos chamar de prefácio do livro dos Salmos. Ou seja, serve como uma introdução porque faz uma apresentação do conteúdo do livro todo. O que é dito no Salmo 1 é relevante para todo o resto do livro dos Salmos.

Este é um salmo de instrução sobre o bem e o mal, colocando diante de nós a vida e a morte, a bênção e a maldição, para que possamos tomar o caminho certo que conduz à felicidade e evitar aquilo que certamente terminará em nossa miséria e ruína. 


O diferente caráter e condição de pessoas piedosas e más, aquelas que servem a Deus e aquelas que não o servem, é aqui claramente declarado em poucas palavras. Para que todo homem, se for fiel a si mesmo, possa ver aqui seu próprio rosto e ler sua própria condenação. 

O Salmo 1 é um Salmo de sabedoria. Existem Salmos de louvor, Salmos de lamento e Salmos de entronização e todos contêm sabedoria, é claro, mas como introdução e porta para o restante dos Salmos, este Salmo declara em apenas algumas palavras algumas das verdades e proposições mais básicas, porém profundas da Bíblia.

O livro de Salmos

O livro de Salmos é conhecido como Saltério (nebel), lira ou harpa, uma composição de 150 textos poéticos de lamentação, súplica, louvor, ação de graças, de tempos e lugares diferentes. Essa coleção chama-se em hebraico, O Livro dos Salmos. Em grego, Psalmos, isto é, “Poemas adaptados à música”. É o primeiro e mais comprido dos livros do Hagiógrafo, a terceira divisão da Bíblia hebraica.

O livro de Salmos é um dos mais estimados e usados do Antigo Testamento e, ao mesmo tempo, um dos mais problemáticos do cânon. Questões relativas à autoria, composição, teologia, interpretação, aplicação e função contribuem para a complexidade do livro. O fato de muitos cristãos, ao longo dos séculos, terem encontrado consolo em suas páginas em tempos de necessidade, sem jamais considerar estas questões, serve de testemunho do poder de Deus de ministrar por meio dos livros das Escrituras.

Os primeiros salmos a serem agrupados, e que mais tarde dariam origem ao Saltério, foram denominados “Orações de Davi, filho de Jessé”. Outros foram compostos durante o exílio. Contudo foi durante o reinado de Salomão e o exercício do serviço litúrgico e religioso no primeiro Templo, que os salmos definitivamente passaram a fazer parte da tradição judaica.  Assim, o livro dos Salmos é a compilação de várias coletâneas da fina obra literária bíblico-canônica judaica (poemas, hinos e cânticos espirituais) e representa a etapa final de um processo que demandou séculos de história. Foram os mestres e servos pós-exílicos do Templo, entretanto, que completaram e concluíram a coletânea final de 150 salmos, ao final do século III a.C.

Os salmos refletem tanto o caráter histórico como devocional. Muitos acontecimentos da historia são apresentados: a criação do homem (8.5), a aliança estabelecida com Abraão e seus descendentes (105.9-11), o sacerdócio de Melquisedeque (110.4), Isaque, Jacó, Moisés e Arão (105.9-45), a libertação do Egito e a herança Cananeia (78.13; 105.44). Muitos outros exemplos poderiam ser citados.

DATA

Ao questionarmos a data da publicação dos salmos, uma primeira pergunta se faz necessária: de qual salmo especificamente estamos falando? Porquanto o Saltério é composto de salmos que vão desde a época pré-exílica, passando por todo o tempo de cativeiro, até o pós-exílico. O processo de descobrimento, seleção e formação da coletânea canônica dos salmos levou vários séculos, e foi concluído somente no final do século III a.C.

Considerando que metade de todo o Saltério é de autoria de Davi (ou davídicos), e que quase todos foram originados no período áureo de Israel e alguns até mais tarde, podemos datar as primeiras publicações dos Salmos por volta do ano 1000 a.C. 

Por que Jesus proibia que as pessoas divulgassem os milagres?

O que salva o homem é o poder de Deus, o testemunho que Deus deu acerca do seu Filho! O testemunho dos homens não é perfeito porque conhecem em parte ( 1Co 13:12 ), e isto verificamos em João Batista “E João, chamando dois dos seus discípulos, enviou-os a Jesus, dizendo: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?” ( Lc 7:19 ).

Após curar muitos doentes, Jesus expulsos muitos demônios e não permitiu que os demônios dissessem quem Ele era: “E ele curou muitos doentes de toda sorte de enfermidades; também expeliu muitos demônios, não lhes permitindo que falassemporque sabiam quem ele era” ( Mc 1:34 ).

Quando curou um leproso, Jesus também advertiu para que não relatasse o ocorrido a ninguém: “E, advertindo-o severamente, logo o despediu. E disse-lhe: Olha, não digas nada a ninguém…” ( Mc 1:43 44 ).


O homem surdo e gago de Decápolis foi proibido de divulgar que fora curado “E ordenou-lhes que a ninguém o dissessem; mas, quanto mais lhos proibia, tanto mais o divulgavam” ( Mc 7:36 ). O mesmo ocorreu com o cego de Betsaida: “E mandou-o para sua casa, dizendo: Nem entres na aldeia, nem o digas a ninguém na aldeia” ( Mc 8:26 ).

Após a transfiguração no monte santo, Jesus proibiu os seus discípulos de relatar aquele evento “E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dentre os mortos” (Mt 17:9).

Por que Jesus proibia que as pessoas falassem dos eventos miraculosos operados por Ele?

Esta era uma questão que intrigava até mesmo os irmãos de Jesus, pois não era sempre que Jesus realizava milagres à vista de todos “Disseram-lhe, pois, seus irmãos: Sai daqui, e vai para a Judeia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes. Porque não há ninguém que procure ser conhecido que faça coisa alguma em oculto. Se fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo. Porque nem mesmo seus irmãos criam nele” ( Jo 7:3 -5).

A mulher cananeia

“E, partindo Jesus dali, foi para as partes de Tiro e de Sidom. E eis que uma mulher cananeia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada. Mas ele não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, chegando ao pé dele, rogaram-lhe, dizendo: Despede-a, que vem gritando atrás de nós. E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. Então chegou ela, e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me! Ele, porém, respondendo, disse: Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos. E ela disse: Sim, SENHOR, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores. Então respondeu Jesus, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora a sua filha ficou sã” (Mt 15:21-28). 

Uma estrangeira crente

Após recriminar os fariseus por pensarem que servir a Deus era o mesmo que seguir tradições de homens (Mc 7:24-30), Jesus e seus discípulos seguiram para as terras de Tiro e de Sidom.


O evangelista Lucas deixa claro que, em terras estrangeiras Jesus entrou em uma casa e não queria que soubessem que ali estava, porém, não foi possível esconder-se. Uma mulher grega, siro-fenícia de sangue, que tinha uma filha possuída por um espírito imundo, ao ouvir falar de Jesus, passou a rogar-lhe que expulsasse da sua filha o espírito que a atormentava “Porque uma mulher, cuja filha tinha um espírito imundo, ouvindo falar dele, foi e lançou-se aos seus pés” ( Mc 7:25 ).

A mulher samaritana

A mulher samaritana quando descobriu que estava diante de um profeta, quis saber de questões de ordem espiritual: adoração, e deixou suas necessidades pessoais em segundo plano.

“Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta!” (Jo 4:19)

O evangelista João deixou registrado que tudo o que escreveu tinha por objetivo levar os seus leitores a crerem que Jesus era o Cristo, o Filho do Deus vivo, e crendo, tivessem vida em abundância “Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20:31).

Em especial, há na história da mulher samaritana elementos que demonstram que Cristo é o Filho do Deus vivo, o Filho de Davi prometido nas Escrituras.


O evangelista João deixou registrado que, quando Jesus verificou que os fariseus haviam ouvido que Ele operava muitos milagres e que batizava muito mais que João Batista, deixou a Judeia e dirigiu-se para a Galileia (Jo 4: 2-3), e que teve que passar por Samaria (Lc 17:11).

Jesus foi a uma cidade de Samaria chamada Sicar, cujo território era uma herdade que Jacó deu ao seu filho José (Jo 4:5). O local onde Jesus foi em Sicar possuía um poço perfurado por Jacó.

A ressurreição de Lázaro

“E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela” ( Jo 11:4 )

A passagem bíblica que narra a ressurreição de Lázaro tem muito a ensinar acerca da Fé cristã.

O evangelista João destacou o motivo de ter narrado os milagres operados por Cristo: “Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” ( Jo 20:31 ).  

A doença e a morte

Lázaro, irmão de Marta e Maria, ficou enfermo. Marta e Maria (a que enxugou os pés de Cristo após ungi-Lo com um unguento caríssimo) enviaram mensageiros a Cristo para avisá-Lo da condição de Lázaro, dizendo: “Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas” ( Jo 11:3 ).


O evangelista destaca que Jesus amava os três irmãos e, ao ouvir acerca da enfermidade de Lázaro, disse: “Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela” ( Jo 11:4 ). Mas, a despeito da enfermidade de Lázaro, Jesus permaneceu com os discípulos onde estava por dois dias.

No terceiro dia Jesus disse aos discípulos que retornariam para a Judeia ( Jo 11:7 ), ao que os discípulos objetaram: “Rabi, ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e tornas para lá?” ( Jo 11:8 ).

Tamar e Judá

Todos os cristãos declaram, com alegria, conforme consta no Livro do Apocalipse, que o Senhor Jesus Cristo é o Leão da Tribo de Judá!

“E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos” (Ap 5:5).

Judá foi abençoado por Jacó, seu pai, com a seguinte bênção:

“Judá, a ti te louvarão os teus irmãos; a tua mão será sobre o pescoço de teus inimigos; os filhos de teu pai a ti se inclinarão. Judá é um leãozinho, da presa subiste, filho meu; encurva-se e deita-se como um leão,  como um leão velho; quem o despertará? O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador. dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos. Ele amarrará o seu jumentinho à vide e o filho da sua jumenta à cepa mais excelente; ele lavará a sua roupa no vinho e a sua capa em sangue de uvas. Os olhos serão vermelhos de vinho e os dentes brancos de leite” (Gn 49:8-10).


A bênção anunciada por Jacó aos seus filhos, dizia acerca de um futuro distante (Gn 49:1) e destaca a linhagem de Judá como leão, no auge da sua força, que a realeza pertenceria à casa de Judá e dela nasceria o Cristo, o regente dos povos. Daí advém à designação de ‘Leão da Tribo de Judá’, à raiz de Davi, que é dada ao Messias.

Entretanto, Judá figura como um dos ascendentes de Cristo, pela ação de uma mulher estrangeira, Tamar, a nora de Judá. Tamar creu na promessa do Descendente feita a Abraão, Isaque e Jacó e agiu segundo a palavra da promessa, quando buscou descendência para o seu marido. 

Nefilim

Os anjos são seres espirituais ( Hb 1:14 ), sem um corpo físico composto de matéria à base de carbono. Apesar do poder que possuem e da possibilidade de assumir a forma humana, não podem transmutar os seus corpos celestiais em corpos de composto orgânico. O próprio Senhor Jesus, apesar do poder que lhe é inerente, para alcança um corpo semelhante a dos homens, foi gerado no ventre de Maria para ser introduzido neste mundo.

“Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram” ( Gn 6:2 )

Anjos procriam?

Há várias teorias acerca da origem dos gigantes que apareceram sobre a face da terra antes do dilúvio ( Gn 6:1-4), e dentre elas destaca-se o posicionamento de que os filhos de Deus (anjos caídos – demônios), coabitaram com as filhas dos homens (mulheres) dando origem aos Nefilins, os valentes (os homens de fama) que existiram na antiguidade .

Por que os demônios coabitariam com as filhas dos homens?

A Bíblia não apresenta uma resposta, visto que a pergunta acima é descabida! Como? A pergunta correta é: É factível um anjo (caído ou não) coabitar, gerar filhos, ter desejo sexual, etc?

Para motivar a primeira pergunta, muitos ajuízam de si mesmos que os demônios coabitaram com as mulheres porque são perversos, amorais e imperfeitos, ou que os demônios intentaram atrapalhar a linhagem de Cristo.

Ao que tudo indica, tal posicionamento deriva de uma má interpretação do verso 2 e 4 do capítulo 6 do livro de Gênesis, influenciado por escritos apócrifos, como é o caso do livro de Enoque, e algumas lendas judaicas, porém, diante de especulações teóricas, o que importa é a Bíblia. O que a Bíblia diz? É factível um anjo coabitar e ter filhos?